Caso gerou comoção popular pois um vídeo gravado com celular mostrou o vigia Davi Ricardo Moreira Amâncio, 32, imobilizando o jovem quando ele já estava desacordado.
O caso gerou comoção popular pois um vídeo gravado com celular mostrou o vigia Davi Ricardo Moreira Amâncio, 32, imobilizando o jovem quando ele já estava desacordado. Pessoas ao redor pedem que ele pare, mas o vigia as ignora e permanece deitado sobre Pedro Henrique por no mínimo um minuto.
O promotor Fabio Vieira dos Santos entendeu que Amâncio estrangulou a vítima “de forma livre e consciente, assumindo o risco de matar”, e que seu colega Edmilson Felix Pereira, 27, observou sua conduta sem nada fazer. Como vigilante contratado pelo mercado, ele deveria ter atuado para evitar o crime e não se omitido, disse o promotor.
As lesões provocadas pela “gravata” que Amâncio aplicou no jovem levaram-no à morte, de acordo com laudo do exame de necropsia.
O assassinato aconteceu por volta das 12h30 do dia 14 de fevereiro. Pedro Henrique chegou a ser levado ao hospital, já em parada cardiorrespiratória, e passou por reanimação, mas teve outras duas paradas e morreu às 15h10.
Na versão do advogado de Amâncio, a vítima havia simulado um primeiro desmaio e uma convulsão. O segurança foi então socorrê-la quando, segundo seu defensor, Pedro Henrique pegou a arma que estava em sua perna, ameaçando clientes. O vigia teria pensado, ao vê-lo desacordado, que ele estava fingindo um novo desmaio. Decidiu contê-lo até a polícia chegar.
Amâncio, inicialmente indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), agora responde por homicídio doloso (com intenção de matar).
Dinalva dos Santos de Oliveira, a mãe de Pedro Henrique, estava ao lado quando o filho, que era dependente químico, quando ele foi morto.
Dias após o assassinato, Marcello Ramalho, advogado da família do jovem, disse a jornalistas que Dinalva “viu o filho dela em momento de surto (psicótico)”. Pedro Henrique teria então corrido, e o vigia Amâncio disparado atrás dele e aplicado o golpe que o fez tombar no chão. Ele nunca mais se levantou.
Fonte:Gaúchazh.