Justiça absolve dois médicos que foram flagrados descumprindo as jornadas de trabalho em postos de saúde.

Justiça absolve dois médicos que foram flagrados descumprindo as jornadas de trabalho em postos de saúde.

Em 2016, reportagem da RBS TV mostrou que pediatra Dalva Londero e ginecologista Alexandre dos Santos não seguiam jornada prevista em contrato com o município. Juiz entendeu que não havia provas para condenação.

 

A Justiça absolveu os dois médicos que foram flagrados descumprindo as jornadas de trabalho em postos de saúde de Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul. A sentença, do dia 16 de junho, é do juiz Fabio Marques Welter, da 3ª Vara Criminal da cidade.
Em 2016, reportagem da RBS TV flagrou a pediatra Dalva Maria Dalla Barba Londero deixando o posto de saúde Dom Antonio Reis sem ficar nem duas horas no local. Ela recebia R$ 7.939,87 por seis horas diárias de trabalho, mas ficou cerca de 1h30 no local.
O ginecologista e clínico geral Alexandre dos Santos Leite tinha dois contratos com a prefeitura e ganhava cerca de R$ 10 mil por mês por 12 horas de trabalho. Um dos vínculos estipulava que ele trabalharia pela manhã, mas no mesmo turno, o profissional atendia em seu consultório particular.
A reportagem foi veiculada em junho de 2016. Os dois foram processados por fraude e estelionato, mas o juiz responsável pelo caso entendeu que não havia provas suficientes contra eles. A absolvição havia sido recomendada pelo próprio Ministério Público, que investigou o caso.
Fabio Marques Welter afirmou, na sentença, que Dalva e Alexandre não agiram com má-fé ou má intenção, e que não existiu infração penal.
Ao longo do processo, os médicos alegaram que, apesar de não cumprirem a carga horária semanal, tinham um acordo com a Secretaria de Saúde para atender apenas um número determinado de pacientes por dia. À época, a secretaria havia negado o acerto.

 

Punidos pela prefeitura.

Os dois médicos também foram alvo de processo administrativo disciplinar, aberto pela prefeitura na época. Dalva foi suspensa por cinco dias, e não precisou devolver nenhum valor em dinheiro. Ela se aposentou no ano passado.
Alexandre Leite precisou devolver aos cofres públicos R$ 48 mil, referentes a um dos contratos que mantinha com o município. O médico está em licença-prêmio para se aposentar. No outro contrato, ele foi demitido por falta de assiduidade.
Depois da reportagem, foram instalados pontos eletrônicos em todas as unidades de saúde do município. A atual administração reforça que todos os servidores devem cumprir a carga horária pela qual foram contratados.

Fonte:G1 RS.

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