Homem que atropelou ciclistas em Porto Alegre, em 2011, é flagrado dirigindo com CNH suspensa.

Homem que atropelou ciclistas em Porto Alegre, em 2011, é flagrado dirigindo com CNH suspensa.

Ricardo José Neis foi parado em blitz na BR-101, em Osório, na última segunda-feira (5). Detran deve abrir um procedimento para a cassação permanente de sua carteira.

 

 

 

Ricardo José Neis, réu no caso do múltiplo atropelamento de ciclistas em Porto Alegre, em 2011, foi flagrado dirigindo com carteira de motorista cassada em Osório, na última segunda-feira (5). Ele não poderia estar ao volante, pois está com o direito de dirigir suspenso por tempo indeterminado.

O bancário foi condenado em 2016, e recorre em liberdade.

Neis foi abordado em uma blitz de rotina da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR-101, por volta das 19h30. Segundo o delegado João Henrique Gomes, os agentes da PRF solicitaram o documento de identidade e constataram o bloqueio da CNH desde janeiro de 2016 por determinação judicial.

Ele prestou depoimento e teve sua carteira de motorista retida. Por ser considerado um crime de menor potencial ofensivo, a condução do veículo foi repassada a um familiar e ele foi liberado.

A Polícia Civil irá instaurar um procedimento policial e encaminhar um termo circunstanciado à Justiça. De acordo com o delegado, por dirigir com os direitos suspensos, Neis infringiu o artigo 307 do Código Brasileiro de Trânsito. A pena pode ser de seis meses a um ano de detenção. Além disso, recebeu uma multa, considerada gravíssima, no valor de R$ 880,41.

De acordo com o Detran, após os trâmites legais, deve ser aberto contra ele um procedimento para a cassação permanente de sua carteira.

Relembre o caso do atropelamento

 

No dia 25 de fevereiro de 2011, o bancário do Banco Central da capital gaúcha, Ricardo José Neis, avançou com seu carro contra vários ciclistas do grupo Massa Crítica que faziam manifestação no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. Dezenas de pessoas foram atropeladas e oito foram encaminhadas ao hospital com ferimentos.

Neis fugiu do local sem prestar socorro, mas teve seu veículo localizado na mesma noite. Ele alegou que se sentiu ameaçado pelo grupo. Três dias depois, ele se apresentou à Delegacia de Crimes de Trânsito e confessou a autoria dos crimes.

Em 23 de novembro de 2016, ele foi a julgamento popular e condenado a 12 anos e nove meses de prisão, mas responde em liberdade à condenação por tentativas de homicídio e lesões corporais desde então, depois de uma série de recursos.

Andamento do processo

 

A defesa de Neis entrou com recurso no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) recentemente. O advogado do bancário, Manoel Castanheira, afirmou que não foi informado de modificações nos últimos dias.

Enquanto isso, o Ministério Público entrou com um parecer na última quinta-feira (8) solicitando a prisão em segunda instância. Porém, pode ingressar ainda com um pedido de contrarrazão e acrescentar a infração de trânsito da última segunda-feira ao processo.

O advogado disse que não representa Neis no flagrante da CNH suspensa.

 

 

 

Fonte:G1.

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