Corpo de jogador de futebol baleado por PM de Goiás é velado no DF. Leia mais…

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Por G1 DF e TV Globo

Familiares e amigos do jogador de futebol Leandro Augusto Santos Soares, morto aos 18 anos baleado por um policial militar de Goiás — Foto: Beatriz Pataro/TV GloboFamiliares e amigos do jogador de futebol Leandro Augusto Santos Soares, morto aos 18 anos baleado por um policial militar de Goiás — Foto: Beatriz Pataro/TV Globo

Familiares e amigos do jogador de futebol Leandro Augusto Santos Soares, morto aos 18 anos baleado por um policial militar de Goiás — Foto: Beatriz Pataro/TV Globo

O corpo do jogador de futebol Leandro Augusto Santos Soares, de 18 anos, foi velado e enterrado no Cemitério Campo da Esperança de Taguatinga, no Distrito Federal. A cerimônia começou por volta das 8h deste domingo (7).

O jovem chegou a vestir a camisa do Corinthians nas categorias de base e, atualmente, treinava na base do Capital Clube de Futebol, fundado no Guará em 2005.

Leandro foi atingido por três disparos de arma de fogo, por volta das 11h, em uma praça em Valparaíso de Goiás, no Entorno do DF. O autor dos tiros é um militar do Comando da Polícia de Choque da região que confirmou a ação.

O advogado da família do jogador, Wesley Diego Costa Santos, diz que o policial não ofereceu “qualquer chance” para que Leandro se apresentasse, e que a atitude do militar foi desproporcional.

Jogador de futebol é baleado em praça de Valparaíso de Goiás — Foto: Leandro Soares/Arquivo pessoal

Jogador de futebol é baleado em praça de Valparaíso de Goiás — Foto: Leandro Soares/Arquivo pessoal

“O policial chegou atirando, não deu voz de prisão, não mobilizou, não fez nada. E por que deu três tiros, sendo um na cabeça?”

“É injusta agressão, do ponto de vista do Direito.”

Segundo a Secretaria de Saúde do DF, a vítima chegou a ser atendida no Hospital Regional de Santa Maria com sinais de choque hemorrágico, “sendo hidratada e entubada” para auxiliar na respiração.

Antes, o jovem havia passado pelo hospital do Gama, mas não foi atendido porque “a equipe de emergência médica estava atendendo a outro caso gravíssimo no mesmo instante”, de acordo com a pasta. O advogado da família afirma que Leandro “ficou 1 hora 40 minutos vivo sem atendimento”.

O jogador morreu às 12h40 com uma parada cardio-respiratória. A secretaria afirma que ele não respondeu às técnicas de reanimação e que “não houve tempo hábil para qualquer intervenção cirúrgica”.

Familiares e amigos do jogador de futebol Leandro Augusto Santos Soares, morto aos 18 anos baleado por um policial militar de Goiás — Foto: Beatriz Pataro/TV Globo

Familiares e amigos do jogador de futebol Leandro Augusto Santos Soares, morto aos 18 anos baleado por um policial militar.

O militar que efetuou os disparos não foi preso em flagrante porque, segundo a Polícia Civil, a atuação “se deu em razão do serviço policial” e porque, “imediatamente, o autor dos disparos se apresentou espontaneamente” na delegacia.

“Em uma análise inicial, [o agente] parece ter agido acobertado por uma das hipóteses de excludente de ilicitude, previstas no art. 23 do Código Penal”, consta no boletim de ocorrência. O artigo mencionado traz o seguinte:

Art. 23 – Não há crime quando o agente pratica o fato:

I – em estado de necessidade
II – em legítima defesa
III – em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito

Relato dos fatos

Segundo o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil de Goiás, o policial militar José Flaubert Machado Araújo Júnior disse que estava “de serviço extraordinário” – fora de expediente – quando atirou contra Leandro.

Ele confessou ter disparado a arma quando o jovem estava de costas, ao lado da namorada. Minutos antes, o jogador teria pego uma arma de brinquedo com outra pessoa que estava no local e seguido caminho.

No depoimento, José Flaubert diz que abordou o casal gritando “polícia” e que, neste momento, Leandro “levantou a blusa e colocou a mão na cintura”. Foi quando, segundo o relato, o PM apertou o gatilho.

“O autor caiu na calçada e disse que era de ‘brinquedo’. Em seguida, o policial pegou o objeto que se encontrava ao chão e verificou que se tratava de um simulacro de arma de fogo do tipo pistola”, descreve o boletim de ocorrência.

O policial diz ter pedido apoio da própria PM e do Corpo de Bombeiros, e que o jovem baleado foi atendido pelo Samu, que levou Leandro ao Hospital Regional do Gama – onde ele não teria conseguido atendimento – e, posteriormente, ao Hospital Regional de Santa Maria, ambos no Distrito Federal.

Ainda segundo o boletim, a namorada do jogador chegou a ser abordada e revistada por José Flaubert, mas “nada foi encontrado em seu poder”.

Segundo o militar, Leandro tinha antecedentes criminais por roubo, receptação e lesão corporal. A informação não foi confirmada pela polícia até esta publicação.

A arma usada pelo policial, assim como o simulacro apreendido foram recolhidos e o corpo de Leandro, levado ao Instituto Médico Legal (IML) para perícia. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Goiás.

FONTE G1

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