Confira os sete momentos do condomínio Princesa Isabel em Porto Alegre..

Confira os sete momentos do condomínio Princesa Isabel em Porto Alegre..

Moradores expulsos e foguetório após morte de traficante rival.

 

Com os primeiros apartamentos entregues em 2005, prédios se tornaram braço de facção e cenário de operações policiais

Localizado em uma posição privilegiada, entre as avenidas Princesa Isabel, João Pessoa e Bento Gonçalves, no bairro Santana, na região central de Porto Alegre, o condomínio Princesa Isabel é conhecido por sua realidade ambígua: está situado a apenas 250 metros do Palácio da Polícia, o que, teoricamente, seria uma garantia de segurança a seus moradores, e é dominado pelo tráfico de drogas, nos moldes das comunidades periféricas que se encontram nessa situação.
Nos últimos anos, o condomínio de 230 apartamentos, de dois e três dormitórios, com tamanho de 50 a 60 metros quadrados, em 30 blocos de concreto, e chamado de Carandiru (numa alusão pejorativa ao complexo penitenciário paulista desativado no início da década passada) esteve envolvido em episódios até então comuns apenas em áreas conflagradas.

Confira os principais casos:

Fevereiro de 2005:

A prefeitura de Porto Alegre entrega os primeiros 58 apartamentos e um dos espaços para lojas comerciais. Os contemplados são das vilas Cabo Rocha, terminal Azenha e Erico Verissimo. Em outubro do ano seguinte, outras 172 famílias se transferem para o local. Na época, o valor mensal pago variava de R$ 17,5 a R$ 30.

16 junho de 2011:

A “Operação Dilúvio” da Polícia Civil gaúcha cerca dois condomínios populares, próximos ao Palácio da Polícia, onde, de acordo com denúncias e investigações, traficantes obrigavam moradores a desocupar imóveis e determinavam toques de recolher. Mais de 180 agentes participaram da ação no Princesa Isabel e no Planetário. Pelo menos oito pessoas foram presas e 24 recolhidas para identificação. Nos dois pontos, foram apreendidos cerca de 100 pedras de crack e 3,5 kg de maconha, além de R$ 3 mil em dinheiro.

6 de março de 2015:

Dois meses após a execução do traficante Alexandre Goulart Madeira, o Xandi, 35 anos, em Tramandaí, moradores do condomínio Princesa Isabel pagaram R$ 10 mil para que fosse feito um grafite em homenagem ao criminoso na fachada lateral de um dos blocos. A frase “o Padrinho é general” acompanhava o desenho. A pintura, considerada apologia ao crime, foi apagada.

13 de abril de 2015:

O traficante Cristiano Souza da Fonseca, o Teréu, 32 anos, preso na véspera com carregador de pistola de uso restrito, e suspeito de ter mandado matar Xandi, se indispõe no Presídio Central com integrantes do grupo responsável pelo tráfico de drogas no condomínio Princesa Isabel, que é um braço de facção do Vale do Sinos. Os “Apês”, como eles são conhecidos no sistema penitenciário, acabam provocando a transferência de Teréu para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).

7 de maio de 2015:

Teréu é assassinado no refeitório da Pasc. A morte é comemorada com foguetórios no condomínio Princesa Isabel.

7 de junho de 2017:

O Denarc cercou o condomínio Princesa Isabel para deflagrar a Operação Dependência, uma ofensiva contra o tráfico de drogas. Pela primeira vez, policiais levaram fichas de catálogo para registrar a situação do imóvel e verificar se estavam em situação irregular — alugado, emprestado ou se o proprietário havia sido expulso por traficantes.

26 de junho de 2019:

Uma operação envolvendo 172 policiais, com o uso de 40 viaturas, helicópteros e veículos especiais de apoio, denominada House of Pain, visa prender integrantes de uma quadrilha que, segundo a Polícia Civil, realizou dezenas de assaltos a ônibus em Porto Alegre. Nove adultos são detidos pelos crimes de tráfico, desacato à autoridade e posse de drogas.

Fonte:Gaúchazh.

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