Sim, a dica é verdadeira. Uma pesquisa realizada em Valinhos, São Paulo, mostrou que, quando é utilizado em feridas, o chá é capaz de auxiliar na cicatrização dos ferimentos, reduzindo em 40% o tempo de tratamento.

De acordo com uma publicação feita pela prefeitura da cidade, o uso de fitoterápicos – medicamentos feitos exclusivamente de matéria-prima vegetal – foi introduzido no atendimento do Serviço Especializado em Lesões Vasculares e Neuropáticas (Selven) em 2015 com a assessoria voluntária da farmacêutica Nilsa Sumie Yamashita Wadt, doutora em plantas medicinais pela Universidade de São Paulo (USP) e é utilizado de forma complementar ao tratamento convencional oferecido na Rede Básica de Saúde.

A farmacêutica afirma que, além de possibilitar a melhoria da saúde e mais qualidade de vida aos pacientes, o uso das folhas gera economia para o sistema de saúde, devido a redução do uso de medicamentos, curativos e da necessidade de profissionais para realizar os procedimentos.

Renato Marchiori Bakos, professor de dermatologia da UFRGS e chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre explica que, mesmo que as folhas contenham componentes com ação anti-inflamatória, antioxidante e antimicrobiana, nunca se deve adotar o método sem antes conversar com um especialista.

— Às vezes, o que funciona para uma pessoa, não funciona para outra. Feridas crônicas podem ter diversas causas e precisam de uma avaliação adequada. Por isso, é importante saber que a substância serve para complementar o tratamento convencional e não para ser usada exclusivamente — afirma.

Vale ressaltar que o uso do chá serve para complementar o tratamento convencional, que não deve ser deixado de lado. A preparação do chá é simples, basta ferver por dois minutos dez folhas de goiaba e dez folhas de pitanga. Depois disso, o chá deve ficar em infusão até que fique frio. O ferimento deve ficar imerso na substância por cerca de 20 minutos. Após, é só secar e colocar um novo curativo no local.