Depois do indicativo de greve e paralisação anunciados pela Ugeirm, Nadine Anflor diz que respeita as manifestações, porém frisa que os gaúchos não podem ficar sem atendimento.
Depois de uma reunião, na sede da Ugeirm – Sindicato, na terça-feira, o conselho de representantes da entidade debateu a situação atual da Polícia Civil e decidiu por paralisação, indicativo de greve e marcha. A parada geral deve ocorrer na sexta-feira, dia 30 de agosto, quando deveria ser pago os salários do mês. A marcha deve ocorrer no dia 17 de setembro deve ter como ponto central o Palácio Piratini. Ela foi pensada para protestar contra a insegurança da população, a morte de agentes da segurança pública, o atraso de salários e o possível aumento da alíquota de contribuição para a Previdência.
O presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz, criticou o aprofundamento dos atrasos de salários e também o encaminhamento da reforma da Previdência estadual, que prevê o aumento da alíquota de contribuição dos servidores estaduais para 22%, além do histórico déficit de pessoal da Polícia Civil gaúcha. De acordo com Ortiz, é necessária uma “grande mobilização, para enfrentar um segundo semestre que promete ser ainda mais difícil para a categoria”.
Reciclagem
Ela lembrou que a Polícia Civil iniciou a reciclagem dos agentes. Nesta quarta-feira, a primeira turma foi formada por 30 profissionais. Segundas, quartas e sextas-feiras foram os dias selecionados para que haja esse momento de conversa, troca de conhecimento e aprendizado na Academia de Polícia. Entre os principais focos, é o treinamento no momento da entrada nos locais alvos dos cumprimentos de mandados, onde aconteceu a última morte em serviço. “Chamamos para capacitar e alinhar a ação, estabeleceber protocolos. Semanalmente, no mínimo, serão 90 policiais convocados.” A chefe de polícia destacou que o curso será contínuo. “Devemos parar, refletir e reciclar, se algo que é feito estiver errado nós precisamos corrigir para que não ocorra mais.”
Fonte:Correio do Povo.