A imprudência no trânsito de Porto Alegre marcou o sábado, 4, e a madrugada deste domingo, 5. Foram registradas 27 ocorrências pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Recentemente, a prefeitura divulgou dados preocupantes demonstrando que o número de vidas perdidas no trânsito da Capital, em junho deste ano, superou em 60% o número de mortes registradas no mesmo período do ano passado. (fotos)
Só na madrugada de sábado, 4, as equipes da EPTC registraram 15 ocorrências com veículos, das quais dez resultaram em pessoas feridas. Os acidentes mais graves ocorreram por volta das 6h da manhã: um na avenida Bento Gonçalves e outro na avenida Diário de Notícias. Os veículos colidiram com postes, sendo que ambos os condutores recusaram-se a realizar o teste do etilômetro. Também na madrugada, uma forte colisão aconteceu na avenida Teresópolis, com o condutor fugindo do local. Na madrugada de domingo, 5, mais imprudência e 12 ocorrências de trânsito atendidas. Um veículo foi encontrado batido e muito danificado, abandonado na avenida Baltazar do Oliveira Garcia. No início da manhã, uma forte colisão entre dois carros ocorreu na avenida Protásio Alves.
No período da pandemia, enquanto o número de veículos em circulação diminuiu, a velocidade média aumentou nas vias da cidade. A Operação Radar, conduzida pelas equipes da EPTC, tem registrado inúmeros veículos trafegando muito acima da velocidade máxima permitida, uma das principais causas de acidentes graves. Em 2019 a maior velocidade detectada foi de um veículo a 135 km/hora na avenida Assis Brasil. Desde abril, já são cinco casos de velocidade acima do que foi registrado em todo o ano passado. São eles:
20/4: 146 km/h, av. Ipiranga
06/6: 135 km/h, rua Souza Reis
11/6: 138 km/h, rua Souza Reis
27/6: 146 km/h, av. Ipiranga
02/7: 141 km/h, av. Assis Brasil
Neste sábado, 4, houve oito flagrantes de veículos acima de 100 km/h em vias de 60 km/h, durante o dia. Bem além do que é compatível para os trechos. O diretor de operações da EPTC, Paulo Ramires, alerta para as principais causas de acidentes graves. “O excesso de velocidade é o que mais mata no trânsito. Os flagrantes de abuso vão muito além da velocidade permitida para segurança de todos”, diz Ramires.
Para o diretor-presidente da EPTC, Fabio Berwanger Juliano, é preciso redobrar os cuidados nesse período, e não relaxar. “Além dos condutores, existe ainda a segurança dos pedestres. Com o aumento da velocidade média nas vias urbanas, há também um aumento na probabilidade de acidentes e na gravidade de suas consequências”, finaliza Berwanger.
Fonte: EPTC