O IGP realizou na noite desta 5a feira, 18, a Reprodução Simulada dos Fatos da morte do menino Rafael Winques, de 11 anos, na cidade de Planalto, no norte do Estado. O objetivo foi verificar se a versão apresentada pela investigada pelo crime é compatível ou não.
A perícia iniciou por volta das 18h, na Delegacia de Polícia Civil do município. A investigada e o filho dela, de 16 anos, foram ouvidos pela perita criminal responsável. Como relatou apenas ter ouvido barulhos, sem presenciar o crime, o adolescente foi dispensado da segunda parte da dinâmica.
Já na casa onde os fatos aconteceram, todos os momentos da versão apresentada pela mulher foram refeitos. O fotógrafo criminalístico do IGP fez o levantamento fotográfico do local. Um boneco com o peso compatível ao da vítima foi utilizado para representá-la. “Fizemos a sequência de todas as ações referidas na versão de Alexandra, que mostrou, no local, como os fatos teriam ocorrido naquele dia. A partir de sua demonstração, são realizadas as análises técnicas pertinentes ao exame” explica a perita criminal Bárbara Cavedon, responsável pelo Laudo da RSF.
Peritos da 4a Coordenadoria Regional de Perícias, que realizaram a perícia de local de crime quando o corpo foi descoberto, também voltaram ao local para participar do trabalho. A Reprodução Simulada foi acompanhada também pelo perito médico-legista que realizou a necropsia. O laudo desta, que aponta a causa da morte, leva em conta os resultados de outras perícias, como as de toxicologia, que indicam se houve a ingestão de medicamentos, conforme relatado pela mãe da criança. “Todos os vestígios conversam entre si e convergem pro mesmo caminho, que é o da verdade. É uma prova técnica e científica” esclarece Marguet Mittmann, Diretora do Departamento de Perícias do Interior.
Pela primeira vez, a Reprodução foi acompanhada pelo perito médico-legista que realizou a necropsia do corpo. Peritos da 4a Coordenadoria Regional de Perícias, que realizaram a perícia de local de crime, também voltaram ao local para participar do trabalho. Ao todo, 29 solicitações de perícias foram enviadas pela Polícia Civil para o IGP. Destas, 19 já tiveram os Laudos assinados e liberados para a autoridade policial. ” afirma Marguet Mittmann, Diretora do Departamento de Perícias do Interior.
O que é a RSF – a Reprodução Simulada dos Fatos é uma das perícias mais completas realizadas pelo IGP. É um trabalho multidisciplinar, dividido em três partes.
A preparação envolve a leitura do inquérito policial e/ou processo judicial pelo Perito responsável, que também analisa os laudos periciais produzidos para o caso e faz o levantamento das condições necessárias para a realização do trabalho de campo.
No dia marcado, o(s) envolvido(s) é (são) ouvido(s) na Delegacia de Polícia, onde relatam para o Perito Criminal a sua versão dos fatos.
Na terceira parte, a da elaboração do Laudo, o perito analisa as versões relatadas, verificando quais são factíveis, tendo como base elementos técnicos do trabalho pericial. O Perito também responde os quesitos, que foram formulados pela defesa, pela autoridade policial ou pela acusação. A previsão é de que o Laudo esteja concluído em 30 dias.
Fonte: IGPRS
FOTOS :REPRODUÇÃO