O perfil do Twitter “Aécio de Papelão” trouxe novamente à tona, nesta segunda-feira (14), um vídeo que mostra o deputado federal Celso Russomanno (Republicanos-SP) humilhando uma caixa de supermercado.
“Eu achei que carreira política do Russomanno tinha acabado depois disso”, escreveu o perfil junto ao vídeo, que já foi compartilhado por mais de 2,8 mil pessoas e está viralizando nas redes.
O deputado é candidato à prefeitura de São Paulo e deve receber o apoio de Jair Bolsonaro, que já estaria trabalhando para inviabilizar a candidatura de sua ex-aliada, Joice Hasselmann (PSL-SP).
As imagens resgatadas nas redes sociais foram gravadas em 2005, quando Russomanno era deputado estadual e apresentava um programa sobre direitos dos consumidores na TV Bandeirantes. Na ocasião, o parlamentar fui até uma unidade do supermercado Dia, na Zona Leste da capital paulista, para reivindicar o direito do consumidor de comprar apenas a quantidade de produtos que atendesse sua necessidade.
Para isso, ele abriu pacotes de produtos como papel toalha e caixa de fósforos, que continham mais de uma unidade de cada produto, para poder comprar as unidades separadamente, fazendo ameaças de prender a funcionária da loja e chamar a polícia.
A Polícia Militar, inclusive, chegou a ir até o local, mas a situação já havia sido “resolvida”.
O vídeo em questão já havia sido resgatado durante a campanha eleitoral de 2016, quando Russomanno era, assim como hoje, candidato à prefeitura de São Paulo. À época, o deputado divulgou uma nota informando que o vídeo havia sido editado e retirado de contexto.
“Não ofendi nem insultei a atendente. Apenas defendi o direito do consumidor de adquirir os produtos na quantidade adequada às necessidades da consumidora. Como o vídeo em questão é uma montagem, não mostra que no final as funcionárias me agradecem e defendem a ação”, afirmou à época.
Em entrevista aos Jornalistas Livres, no entanto, a funcionária Cleide Cruz afirmou que foi, sim, humilhada pelo político e que chegou, inclusive, a receber advertências do supermercado após o episódio. “Ele me humilhou, à mim e à subgerente. Por causa deste episódio, fui rebaixada de salário e transferida para uma unidade bem mais distante da minha casa”, relatou.
(Revista Fórum)