Durante uma live com empresário Marcus Montenegro, o padre Fábio de Melo comentou sobre um dos últimos posicionamentos do Papa Francisco pela união de casais homossexuais.
“Em 2013, eu dei uma entrevista e fui execrado pela ala mais conservadora da Igreja Católica. A união entre duas pessoas do mesmo sexo não é uma questão religiosa, é uma questão civil. É um direito. Sempre considerei uma injustiça e não cabe a mim julgar, não cabe a mim impor regras religiosas ao outro. A questão é do Estado”, disse o religioso.
Ainda na conversa, Fábio confessou teve uma crise muito grave e até pensou em suicídio. O episódio aconteceu há três anos e meio.
“Eu não desejo a ninguém passar o que passei. Pensei em me matar várias vezes. Eu tive dois momentos que pensei em suicídio. Nesta época e quando tinha 18 anos. Fazia noviciado, em Jaguará do Sul, Santa Catarina. Durante um ano e meio, eu tive pensamentos obsessivos para morrer”, contou.
Apesar de um grande fiel, o padre fez questão de ressaltar que foi curado pela medicina. “Quem me curou primeira foi a medicação. Os medicamentos foram necessários e quando a medicação me curou, eu fui mudando as minhas posições, a minha rotina. Fui buscar a querer ficar em mim”, completou.
Papa Francisco defende o casamento entre homossexuais
O papa Francisco manifestou apoio à criação de leis a garantir a casamento de casais do mesmo sexo. A afirmação teria sido feita no documentário “Francesco”, exibido nesta quarta-feira, 21, em Roma (Itália). Esta foi a forma mais clara que o sumo pontífice já usou para falar de direitos dos LGBTIQ+.
“As pessoas homossexuais têm direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deverá ser descartado ou ser infeliz por isso”, diz o papa na produção.
Catraca Livre