Ataque em escolas: Twitter cria desconforto em reunião com ministro da Justiça

Ataque em escolas: Twitter cria desconforto em reunião com ministro da Justiça

Representantes do Twitter no Brasil causaram mal estar em uma reunião com representantes do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na segunda-feira, 10, na sede do Ministério da Justiça, ao defender, dentre outras coisas, que um perfil com fotos de assassinos envolvidos em massacres em escolas não fere a política de uso da rede.

A plataforma foi comprada pelo bilionário Elon Musk em outubro do ano passado e desde então tem sido alvo de críticas pelas mudanças nas regras de moderação de conteúdo, que se tornaram cada vez mais permissivas em relação a conteúdos extremistas desde a troca de comando na direção da companhia.

Segundo fontes do Ministério da Justiça presentes na reunião relataram à reportagem, as falas em defesa da manutenção do perfil com fotos de assassinos de crianças foi feita pela advogada da rede social, que ainda argumentou que o caso em análise pela equipe do ministro Flávio Dino não se tratava de apologia ao crime. Em conversas reservadas, assessores da pasta classificam o episódio com “bizarro”.

Dino deu início a uma série de reuniões com as principais plataformas digitais no País para que redobrem o monitoramento de conteúdo extremista e hostil em seus domínios. A iniciativa do ministro surgiu após o segundo atentado em escolas no intervalo de duas semanas.

O Ministério da Justiça deflagrou no último dia 6 a Operação Escola Segura com ações contra a violência nas instituições de ensino. O governo rastreou 511 contos do Twitter que faziam algum tipo de apologia a violência e discurso de ódio. O governo pediu à Justiça a remoção de pelo menos 431 contas responsáveis por publicações de conteúdos relacionados a ataques contra escolas, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão, assim como a remoção de vídeos hostis do Tik Tok.

Procurado pela reportagem, o Twitter respondeu aos questionamento enviados com um emoji de fezes. A prática foi institucionalizada pela empresa após a chegada de Elon Musk. A companhia também já suspendeu dezenas de contas de jornalistas dos principais veículos de imprensa dos Estados Unidos.

Fonte CNN

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