O tratamento de Duda é feito pelo SUS, mas nem todos os medicamentos são custeados pelo Sistema Único de Saúde.
Eduarda Ferreira Roque da Silva, a pequena Duda, tem apenas nove anos, mas ao contrário da maioria das crianças de sua idade, ela precisa enfrentar uma luta diária pela vida. No fim de 2018, ela foi diagnosticada com um raro tumor maligno no cérebro. O primeiro passo para a recuperação foi dado e as cirurgias de retirada do tumor foram bem-sucedidas. E o melhor, não deixaram sequelas.
Atualmente, Duda realiza ciclos de quimioterapia que devem ir até a metade do ano. Mas se por um lado a quimioterapia ajuda no tratamento, por outro, faz que a imunidade da menina se torne muito frágil e qualquer resfriado pode fazer com que ela precise ser internada na UTI. “São muitas coisas que podem mudar rápido, hoje ela pode estar ótima, mas amanhã bem mal. Mas ela sempre continua forte e sorrindo”, conta Angélica Roque, mãe de Eduarda.
Por conta disso, Duda não pode ter uma rotina com outras crianças e precisou deixar a escola. A educação é feita pela mãe e também pela professora, que vai até a casa delas. “Ela não pode ir pra escola justamente por causa da baixa imunidade, pois, querendo ou não, é um local de fácil contaminação e ela estaria exposta a muitas bactérias que poderiam trazer muitas internações. É uma coisa que incomoda ela, porque ela fica longe dos amigos”, explica Angélica.
O tratamento de Duda é feito pelo SUS, mas nem todos os medicamentos são custeados pelo Sistema Único de Saúde. E por conta das constantes viagens para o tratamento e internações de emergências, a mãe de Eduarda não pode trabalhar, ficando a cargo do pai todo o sustento da família. Além disso, a pequena tem outras duas irmãs, Thalia de seis anos e Ana de 12.
Ajude a Duda!
Por conta disso, a família lançou uma campanha de solidariedade através de uma vaquinha virtual, chamada “Ajude a Duda!”, onde busca arrecadar recursos financeiros para custear o tratamento e as despesas familiares. A meta de arrecadação é de R$ 50 mil e até o momento foram doados pouco mais de R$ 7,5 mil. A família conta que só pode usar esse dinheiro quando o total for atingido, ou o prazo da campanha, que é no fim de 2020, acabar.
Quem estiver interessado em ajudar na campanha “Ajude a Duda!”, poderá fazer doações através do link vaka.me/619342, ou pela conta criada para o tratamento: Eduarda Ferreira Roque (Caixa Econômica Federal – agência 1129, operação 13, conta 38218-0). Também foi criada uma página para que se possa acompanhar o tratamento, facebook.com/todoscomduda.
Recuperação
A mãe de Duda está esperançosa que ainda neste ano, ela possa aos poucos voltar à rotina normal de uma criança da sua idade. “Eu sei que os médicos não usam muito a palavra “cura” pra um paciente com câncer, usam “remissão”. Ela sempre vai ter que fazer exames, ter um cuidado muito grande com a saúde e estar atenta a qualquer sinal. Mas, depois da quimioterapia, se ela for totalmente efetiva, acho que ela vai poder voltar a rotina”, conclui Angélica.
Fonte: O DiárioNet