A candidata à vacina contra o novo coronavírus produzida pela Johnson & Johnson, por meio de sua farmacêutica subsidiária Janssen, entrou na terceira e última fase de testes clínicos, segundo comunicado da J&J nesta quarta-feira (23). Os testes de fase final estão sendo realizados em 60 mil voluntários de três continentes.
O possível imunizante da empresa norte-americana é o quarto entre as vacinas em desenvolvimento a entrar no último estágio de testagem clínica, que mede a eficácia do produto contra a doença.
A J&J disse que pode obter os resultados do teste já no início de 2021. Caso a resposta seja positiva, a vacina pode ganhar a autorização de governos para uso público. Entre os países em que a empresa fará os testes estão Brasil, Estados Unidos e África do Sul.
Além da candidata da J&J, as vacinas da Universidade de Oxford e das farmacêuticas Sinovac, da China, e da alemã Pfizer já estão na terceira fase de testes. A candidata da companhia norte-americana, porém, tem a vantagem de induzir resposta imunizante contra o novo coronavírus com apenas uma dose, contra duas das concorrentes em fase 3, segundo um estudo clínico preliminar feito pela J&J.
Os testes de fase 3 irão verificar se a vacina de fato funciona com apenas uma dose. A J&J está colaborando com o governo do Reino Unido em um estudo separado para testar um regime de duas doses do produto.
A empresa já assinou, em agosto, um contrato de US$ 1 bilhão com o governo dos EUA para o fornecimento de 100 milhões de doses, caso a vacina tenha sucesso nos testes e seja autorizada para uso. A J&J espera produzir mais de um bilhão de doses globalmente no decorrer de 2021.
(O Sul)