Segue evidente o problema do lixo em diferentes pontos de Porto Alegre, a exemplo de ruas, avenidas e calçadas. O acúmulo de resíduos sólidos e orgânicos continua em diversos pontos da cidade, gerando montanhas de lixo que atrapalham a mobilidade, especialmente de pedestres. O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), por sua vez, afirma que executa o recolhimento periodicamente, embora a sujeira, muitas vezes descartada pelos próprios moradores, também retorne com frequência.
Neste período eleitoral, o problema é agravado pelos “santinhos”, windbanners e cartazes em geral, espalhados por diversas vias da Capital, especialmente no Centro Histórico, como no Largo Glênio Peres, região da Borges de Medeiros, Salgado Filho, e em pontos da orla do Guaíba. Tais materiais de campanha, quando descartados incorretamente, ainda contribuem para poluir vias e bloquear bueiros.
O lixo seco também traz cheiro desagradável, baratas, ratos e animais transmissores de doenças, além de atrair cães que reviram a sujeira em busca de alimentos. A Prefeitura afirma que realiza a coleta seletiva em 100% das ruas que comportam a entrada de caminhões pelo menos duas vezes por semana. No Centro Histórico e bairros atendidos pela coleta automatizada, a frequência é de três vezes semanalmente.
Procurado para comentar o acúmulo, o DMLU, por meio da assessoria, disse que não há pontos irregulares na orla, em razão da grande quantidade de câmeras de videomonitoramento, bem como limpeza todos os dias e ações pontuais com apoio de voluntários. Na semana passada, uma ação do Dia Mundial da Limpeza recolheu resíduos em praias do Belém Novo, no extremo Sul de Porto Alegre.
Quanto ao lixo eleitoral, o órgão municipal informou que o windbanner não é considerado resíduo, por isso, não é recolhido. Já no próximo dia 2, quando ocorre o primeiro turno das Eleições, o DMLU informou que haverá equipe especial para recolhimento de resíduos e fiscais vão multar candidatos que fizerem “mar de santinhos” em frente às seções eleitorais.
Rotina de limpeza
As equipes do DMLU limpam diariamente os trechos 2, 3 e 4 da Orla, até o Museu Iberê Camargo, com um grupo de 14 garis. Mais de uma tonelada de resíduos são recolhidos todos os dias neste trecho.
Sobre os chamados “santinhos”, a pasta reconhece que houve um aumento deste tipo de material pelas ruas, em especial em locais com grande circulação de pessoas, como por exemplo o Acampamento Farroupilha, que ocorreu de 6 a 20 de setembro no Parque Harmonia. Nestes locais, as equipes de varrição são reforçadas de acordo com a demanda. Nos dias 19 e 20 de setembro, por exemplo, devido ao grande fluxo de pessoas e militantes dos partidos, as equipes do DMLU trabalharam com 20 garis no entorno.
Para o 2 de outubro, dia da eleição, o DMLU irá montar uma operação especial com equipes e fiscais, no intuito de inibir o chamado “mar de santinhos” e descartes pelas demais vias.
Já no entorno do Loteamento Santa Terezinha, entre as ruas Voluntários da Pátria e Farrapos, da Rua Paraíba até o Viaduto da Conceição, existem varrições diárias e recolhimento de focos de resíduos crônicos.
Focos de Lixo
Em parceria direta com a população de Porto Alegre, o DMLU reduziu os focos de lixo de 423 (2019), para 319 (agosto/2022), levantamento realizado pelos servidores do departamento. A redução deve-se a uma parceria da prefeitura com as comunidades, realizando plantios com floreiras (caixas de palets) e composto produzidos pelo próprio DMLU, e que tem moradores do entorno destes locais doando e cuidando destes espaços, antes degradados.
O DMLU retira, diariamente, mais de 300 toneladas dos chamados focos de lixo, ações que têm um custo mensal de R$1,2 milhões aos cofres do município. .
Fonte Correio do Povo