Exame pericial confirmou nesta quinta-feira que o sangue encontrado em uma camiseta infantil recolhida onde o menino Miguel dos Santos Rodrigues , de 7 anos, vivia com a mãe e a madrasta, em Imbé (RS), pertencia à criança.
A morte de Miguel completa 15 dias hoje . A mãe do menino confessou ter jogado o corpo do filho no Rio Tramandaí, no dia 28 de julho, em Imbé, no litoral do Rio Grande do Sul, mas até o momento ele não foi encontrado.
De acordo com o delegado Antônio Carlos Ractz, que coordena como buscas pela corpo, também foi identificado material biológico da criança em uma corrente metálica que estava no quarto.
O delegado também informou que um fio de cabelo coletado em um poço de luz na pousada é compatível com o perfil de um filho biológico da suspeita.
A mãe do menino, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos, e a madrasta Bruna Nathiele Porto da Rosa, de 23 anos, foram indiciadas na semana passada pelos crimes de tortura, homicídio e ocultação de cadáver.
Elas estão presas após Yasmin ter confessado espancar, dopar o filho com um antidepressivo e colocar numa mala, antes de lançá-lo em um rio da cidade. Bruna também está presa temporariamente.
A mãe da criança disse à polícia que o filho ficava de castigo dentro do armário por cerca de meia hora, e que tinha o hábito de agredi-lo como forma de punição. Foram achados cadernos com frases ofensivas que, segundo as investigações, eram copiadas pelo menino: “eu sou um idiota”, “não mereço a mamãe que eu tenho”, “eu sou ladrão”, “eu sou ruim” e “eu sou um filho horrível “. Além dos cadernos, uma polícia encontrou ainda uma corrente que seria usada para manter a criança presa.
De acordo com a polícia, os crimes cometidos têm diversos agravantes. No caso da tortura, pesa o fato de a vítima ser uma criança. O homicídio foi escolhido como duplamente qualificado por ter sido cometido mediante meio cruel e sem possibilidade de defesa. Neste caso, uma pena também aumenta por se tratar de uma vítima menor de 14 anos.
Fonte O GLOBO