Brasil fecha parceria com Rússia para receber remédio contra a Covid-19

Brasil fecha parceria com Rússia para receber remédio contra a Covid-19

O Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI), responsável pelo desenvolvimento da primeira vacina contra o coronavírus do mundo, e o grupo farmacêutico KhimRar, sediado em Moscou, firmaram acordo para vender um remédio contra a doença a 17 países, inclusive o Brasil. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (24).

Testes clínicos no Japão e na Rússia confirmaram a eficácia do medicamento. Avifavir é nome comercial do favipiravir, usado há cerca de seis anos no país asiático contra a gripe.

“Quando registramos o primeiro medicamento contra coronavírus no mundo baseado em favipiravir, havia muito ceticismo, pois as pessoas estavam se perguntando como poderíamos registrá-lo quando o Japão ainda não o havia registrado. Agora, cinco meses após nossos ensaios clínicos, vemos que o Japão confirmou a eficácia clínica do favipiravir”, afirmou Kirill Dmitriev, diretor-geral do RFPI.

A droga foi registrada na Rússia em 29 de maio deste ano e é utilizada para o tratamento da Covid-19 em mais de 70 regiões do país.

Segundo resultados dos ensaios clínicos pós-registro, os pacientes que tomaram Avifavir se recuperaram mais rapidamente do coronavírus, já que o vírus foi eliminado em 30% dos casos em estágio inicial. O medicamento ainda melhorou a saturação de oxigênio no sangue do paciente, com o dobro de velocidade em comparação a outros tratamentos.

Nova vacina

A Rússia espera registrar uma segunda vacina contra o coronavírus até o dia 15 de outubro, afirmou o Serviço Federal de Defesa dos Direitos dos Consumidores e Bem-Estar Humano da Rússia (Rospotrebnadzor) nesta semana.

Chamada EpiVacCorona, a imunização foi desenvolvida pelo Instituto Vector, da Sibéria, que concluiu o estágio inicial de testes em humanos na semana passada.

Após registro, o país espera que o antivírus passe por testes clínicos com cinco mil voluntários. Segundo informações preliminares, o medicamento provou ser absolutamente seguro e não provê imunidade vitalícia, mas garante imunidade por no mínimo seis meses.

(SBT)

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