O mistério dos pacotes de sementes enviadas pelo correio nos EUA

O mistério dos pacotes de sementes enviadas pelo correio nos EUA

Ninguém sabe quem as mandou, nem por quê, muito menos que tipo de planta elas podem gerar. O fato é que norte-americanos dos 50 estados dos EUA estão recebendo pelo correio há quase dois meses, saquinhos plásticos cheios de sementes. Os rótulos vêm com logotipos do serviço postal da China e sem serem solicitados.

Nesta semana, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) e agências de todos os estados mandaram alertas para a população. Para evitar qualquer tipo de problema ou contaminação, eles pedem que quem receber não abra as embalagens, não plante as sementes nem as jogue fora, mas entregue o material para análise.

O serviço postal da China afirma que os rótulos em chinês podem ser falsos e pediu para analisar o material. Muitos pacotes foram enviados com etiquetas descrevendo que continham sementes, mas outros têm outras descrições, como ‘joias’ ou ‘bijuterias’.

Possível golpe

Segundo o comunicado do USDA, no momento não há provas que indiquem que se trate de algo além de um golpe conhecido como “brushing”, no qual um vendedor de produtos online manda itens não-solicitados para clientes para abrir vendas no site e, após a entrega, escrever resenhas positivas para melhorar sua pontuação.

Mesmo assim, a recomendação para não plantar é importante segundo o órgão dos EUA. “As sementes podem ser invasivas, causar doenças na flora local ou prejudicar a pecuária”, diz o comunicado.

Uma das evidências que apontam para a hipótese de um golpe é que muitas das pessoas que receberam os pacotes são clientes que costumam, efetivamente, comprar sementes pela internet. Isso explicaria como os nomes e endereços foram obtidos.

‘Enganado’

William Teschner, morador de Fairfax, na Virgínia, contou a uma emissora local que recebeu as sementes pelo correio e, como tinha comprado de outras espécies ao longo do verão norte-americano, acabou plantando as que estavam no pacote que parecia ter vindo da China, achando que eram dálias.

“Achei que os escritos em chinês eram um meio de driblar a inspeção de alfândega”, relatou ele. As sementes plantadas em maio não geraram nenhuma planta e Teschner confessou que se sentiu “enganado”.

(R7)

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