Trabalhadores da Ceitec e representantes do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre promoveram um abraço simbólico, na manhã desta quarta-feira (10), em protesto contra a extinção da Ceitec, proposta pelo governo Bolsonaro.
Localizada na zona leste da capital gaúcha, a Ceitec é uma empresa pública que atua na área de semicondutores. É única no Brasil e na América do Sul, nas suas capacidades técnicas e como embrião para o desenvolvimento de um polo de indústria eletrônica.
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, João Batista Massena lamentou a intenção do governo e alertou que ela impactará a vida de centenas de famílias e na sociedade como um todo, uma vez que a Ceitec é uma empresa estratégica no desenvolvimento do setor tecnológico do País. “Estaremos junto aos trabalhadores e às trabalhadoras da Ceitec em mais essa batalha para impedir o desmonte do estado brasileiro”, disse.
O Brasil, entre as grandes economias do mundo, é um dos poucos que não domina a cadeia de produção de circuitos integrados. China, Rússia e Índia são países que investem pesadamente nesse setor. Países com economias menores que a brasileira já possuem indústrias de microeletrônica que representam parte significativa de seu PIB, como Coréia e Malásia, assinalou ainda.
Em nota oficial, o sindicato criticou a proposta da extinção da empresa:
“Esse governo avança no desmonte do Estado, passando pela perda da nossa soberania em setores estratégicos, como o petróleo, agora chegando à área de ciência e tecnologia, ignorando todo investimento feito na propriedade intelectual, notadamente em tempos de pandemia mundial, onde poderiam ser produzidos sensores eletroquímicos para a área de saúde do País”.
*Com informações da CUT-RS e do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre.
Fonte: Sul21