Milhares de pessoas participaram, no final da tarde e início de noite desta sexta-feira (20), de um protesto em frente a uma loja do supermercado Carrefour, no bairro Passo D’Areia, na zona norte de Porto Alegre, pedindo justiça para João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, assassinado quinta-feira por seguranças daquele estabelecimento. As manifestações de protesto contra o assassinato começaram nas primeiras horas da tarde e foram ganhando cada vez mais adesão ao longo do dia, com pedidos de justiça para Beto, como era conhecido por amigos e familiares, e gritos de “Carrefour assassino”.
Convocada por entidades e coletivos ligados ao movimento negro, a manifestação programada para às 18 horas já começou grande e, rapidamente, reuniu uma multidão em frente ao Carrefour, que não abriu durante todo o dia, em função do crime ocorrido na noite anterior. Moradores da região também participaram da manifestação. A candidata à prefeitura de Porto Alegre, Manuela D’Ávila (PCdoB) participou da manifestação, no final da tarde. Após às 18h, o protesto passou a bloquear as duas faixas da avenida Plinio Brasil Milano.
No início da noite, um grupo de manifestantes conseguiu entrar na área do estacionamento do Carrefour e se confrontaram com integrantes do Batalhão de Choque da Brigada Militar que estavam protegendo a área e lançaram bombas de gás e balas de borracha contra o grupo de manifestantes. No início da noite, as proximidades do Carrefour viraram uma área de conflito entre manifestantes e a Brigada Militar, que seguiu utilizando bombas de gás e balas de borracha para dispersar a manifestação.
O assassinato de João Alberto motivou protestos em outras cidades do país também, como em São Paulo, onde manifestantes atacaram uma unidade do Carrefour, nas imediações da Avenida Paulista.
Fonte Do Sul 21