A professora e a diretora da escola onde a criança se enforcou na alça da mochila no bairro Olaria, em Canoas, prestaram depoimento para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Elas foram escutadas na última quarta-feira (22).
De acordo com o delegado Pablo Queiroz Rocha, a professora deu detalhes do que aconteceu dentro da sala de aula.
“Ela disse que viu o movimento da criança, mas pensou que o menino estava brincando. A professora continuou prestando atenção nas outras crianças da aula e quando voltou o foco a ele, viu que o menino estava parado. Ao ir conferir o que aconteceu, encontrou o menino já desfalecido”, conta Rocha.
Além disso, outro ponto do depoimento que chama a atenção da polícia é que há algumas informações desencontradas como, por exemplo, o número exato de alunos que estava em sala de aula. A diretora diz 10, a professora afirma que é 14. “Vamos aguardar os laudos periciais e até as imagens das câmeras de segurança para esclarecer tudo”, afirma o delegado.
O caso está sendo tratado como lesão corporal culposa. “É um incidente o que aconteceu dentro dessa creche”, pontua o delegado titular da DPCA.
Entenda o caso
Um bebê de 1 ano e 3 meses se enforcou na alça de uma mochila, em Canoas, nesta terça-feira (21). Ele estava na creche particular que frequentava, no bairro Olaria.
De acordo com a Polícia Civil, a criança perdeu os sentidos e foi hospitalizada em estado gravíssimo. Segundo os policiais, o quadro de saúde já era considerado irreversível pelos médicos. No início da noite desta quarta-feira (21), familiares confirmaram a morte cerebral do bebê de 1 ano e 3 meses.
O Instituto Geral de Perícias (IGP) fez uma perícia na instituição de ensino.
A escola informou que o a mochila estava pendurada em um gancho na parede quando o menino acabou se enganchando no acessório. Além disso, ele ainda chegou a rodar com a alça em volta do pescoço.
A direção ressaltou que registrou boletim de ocorrência para que o caso seja investigado e que entregará as imagens das câmeras de segurança, que registraram o acidente, para a equipe de investigadores da DPCA.
Fonte GBC