O professor Moisés Machado denunciou, em seu no Instagram, uma suposta prática racista na montagem de uma vitrine de uma loja de brinquedos no Rio de Janeiro. O caso foi compartilhado por ele no domingo, 25, e ganhou repercussão na internet.
“Passeando pelo @botafogopraiashopping me deparo com esse absurdo na loja @gamelandiabrinquedos. Parear uma criança preta com um macaco é cruel demais! Por meio desse símbolo, a criança negra internaliza sua posição como subalterna, e crianças brancas são incentivadas a reproduzir o negro como um animal, um inferior”, escreveu.
Na vitrine, estavam expostas bonecas de bebês brancos em um berço ao lado de um macaco e de uma boneca negra. “Em nossa sociedade, o racismo não é velado, é ESCANCARADO! Esse mal precisa ser combatido!”, complementou o professor, que pediu que alguma atitude fosse tomada.
Em uma nota de esclarecimento, a Gamelândia Brinquedos disse que “repudia atos racistas, homofóbicos ou de qualquer natureza preconceituosa e discriminatória.”
“Referente à recente repercussão envolvendo a vitrine da nossa loja no Botafogo Praia Shopping, queremos esclarecer que em momento algum houve a intenção de promover qualquer tipo de ato racista. Somos conhecidos por oferecer produtos artesanais de alta qualidade, como bebês rebornizados e animais rebornizados, incluindo cachorros, pandas, coelhos, porcos, macacos e avatares. Nosso objetivo sempre foi proporcionar aos nossos clientes peças únicas e encantadoras, sem distinção de raça ou origem”, escreveu. A expressão “rebornizado” se refere a um modelo de bonecos realistas.
A loja disse ainda estar à disposição das autoridades para outros esclarecimentos. Segundo a Polícia Civil, o caso foi comunicado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) e será investigado.
Fonte Terra