Entidades manifestam preocupação com novo fechamento de atividades em Porto Alegre

Entidades manifestam preocupação com novo fechamento de atividades em Porto Alegre

As entidades ligadas ao comércio de Porto Alegre estão preocupadas com o decreto que prevê o novo fechamento de atividades comerciais na cidade. A presidente da Federasul, Simone Leite, disse que está sendo desprezado novamente que a crise econômica também mata. “É preciso equilibro e bom senso da sociedade e dos gestores públicos. Não é fechando o comércio e reduzindo a quantidade de ônibus que vamos resolver o problema”, ressaltou.

Segundo Simone Leite, as empresas já estão sangrando e é preciso estancar e hemorragia. “A atividade produtiva não pode parar, ela é que move a sociedade”, acrescentou. Em nota, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA) manifestou contrariedade às medidas adotadas pela prefeitura de Porto Alegre que preveem o novo fechamento de atividades comerciais. A entidade salienta a importância fundamental do zelo pela segurança sanitária da sociedade e o cumprimento das regras de controle e cuidado com a saúde, mas também lamenta profundamente os impactos econômicos e sociais que a pandemia tem trazido nos últimos meses.

A CDL POA diz que após tantos dias de recessão, as empresas buscaram os escassos recursos financeiros que ainda lhes restavam para a reabertura, no dia 20 de maio, retomando os vínculos com funcionários que tiveram a suspensão dos contratos de trabalho e repondo estoques para atender clientes. Agora, a CDL POA teme pelo fechamento definitivo desses negócios, por seus funcionários e por todos os elos dessa cadeia produtiva que representa emprego e renda para mais de 20% da população do Estado. O documento afirma que fechar empresas sem propor alternativas não é saudável para a manutenção da sociedade.

O presidente do Sindilojas e vice-presidente da Fecomércio/RS, Paulo Kruse, afirmou que os lojistas estão muito prejudicados e que a restrição não seria a melhor alternativa neste momento. O dirigente disse que os lojistas estão tentando buscar junto à prefeitura uma outra alternativa e que a entidade não está satisfeita com a situação proposta. Kruse destacou que o Sindilojas representa o pequeno, o médio e o grande lojista. “Não podemos afirmar que estamos satisfeitos. No nosso entendimento, o comércio deveria permanecer aberto e que outras medidas fossem tomadas, como utilização de ônibus, maior divulgação e tomada de cuidados”, acrescentou. Segundo Kruse, os estabelecimentos comerciais estão seguindo os protocolos, mas não se pode negar que houve o aumento de casos e por este motivo é importante tomar os cuidados para evitar o caos.

Abrasel quer assegurar o funcionamento do setor a longo prazo no Estado

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Sul (Abrasel/RS) quer assegurar o funcionamento do setor a longo prazo. Esse desejo foi manifestado pela presidente da Abrasel/RS, Maria Fernanda Tartoni, após uma reunião com o governo municipal. “Conseguimos manter a operação dos restaurantes dentro dos shopping centers com as mesmas regras definidas para os estabelecimentos de rua. Para este primeiro momento, é uma boa alternativa, é mais justa e igualitária”, explicou. No entanto, ela afirmou que é preciso pensar em questões a longo prazo e com cautela, pois é vital para o setor manter as operações funcionando. Maria Fernanda demonstrou receio com as restrições municipais. “Nossa maior preocupação é que com mais uma ordem restritiva de operações, muitos restaurantes e bares não suportem e fechem as portas em definitivo. Não queremos que isso aconteça”, acrescentou.

A presidente da Abrasel/RS explicou que a entidade tem o dever de buscar junto aos órgãos responsáveis as melhores alternativas para garantir que todos consigam manter os seus negócios, assegurar o trabalho de milhares de pessoas e auxiliar no desenvolvimento da economia. Conforme Maria Fernanda, o setor está seguindo todas as recomendações estipuladas pelos órgãos estaduais e municipais na garantia de evitar aglomerações, proteger e dar segurança aos funcionários e clientes. “Se for necessário iremos adaptar novamente as operações e estruturar novas alternativas para manter o setor ativo”, ressaltou.

Fonte; Correio do povo

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