Com a debandada da população para as praias gaúchas na temporada de verão, algumas prefeituras do Litoral Norte reforçam a atenção ao sistema de saúde. O aumento da procura por testes contra Covid-19 , após as festas de fim de ano, preocupa autoridades, moradores e veranistas. Com a chegada do verão, a população passa de 53,5 mil para mais de 200 mil habitantes, o que facilita a disseminação do vírus.
O prefeito Luiz Carlos Gauto afirma a vigilância sanitária e os órgãos de saúde da cidade ampliaram as ações de conscientização, como recomendações para evitar aglomerações, e impedir uma nova onda da doença, que assolou a cidade no ano passado. “Em 2021 passamos por grandes dificuldades, com grande número de óbitos em Tramandaí e no litoral. Esperamos que não aconteça, pois estamos fazendo a vacina, a segunda e terceira doses”, destaca. A alta da procura por testes Covid-19 também deixa em alerta as autoridades. Com a experiência de ter enfrentando pico da pandemia no ano passado, a cidade conta com nove salas de vacinação contra a Covid-19.
Recebido pelo diretor-presidente do Correio do Povo, Sidney Costa, e o diretor-presidente da Rádio Guaíba, Jefferson Torres, Gauto afirma que a prefeitura monitora os casos da doença na cidade. “As pessoas que têm sintomas, relatam sintomas leves, não têm necessidade de hospitalização, como já tivemos em 2021, na metade do ano, quando faltou leitos clínicos e de UTI”, destaca. Para evitar um cenário semelhante ao pico da pandemia, a prefeitura reforçou a estrutura de atendimento à saúde. “Poderá ter alguma situação, em algum momento, de grande quantidade de pessoas contaminadas. E se necessitar novamente de ter que usar os leitos hospitalares na situação Covid-19, UTI e leitos Covid normais certamente vai impactar novamente como aconteceu em 2021”, compara.
Mesmo com população fixa de pouco mais de 53,5 mil habitantes, Gauto afirma que existe uma estimativa de cartão SUS de 80 mil pessoas. “São pessoas que estavam na baixa temporada em Tramandaí, ou seja, a comunidade, a população que tem casa própria em Tramandaí, acabou permanecendo nosso veranista o ano inteiro”, relata. No ápice da pandemia, no meio do ano passado, Gauto lembra que a prefeitura decidiu ‘transformar’ a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para pacientes Covid-19. “Chegamos a ter 28 pessoas intubadas numa UPA que não era preparada como um hospital”, destaca. “Aquele momento foi muito difícil, com falta de medicamentos, sobrepreço dos equipamentos e materiais empregados na área da saúde”, completa.
Fonte Correio do Povo
