O Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) está convocando nova greve de caminhoneiros para o dia 25 de julho, dia de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas. A reivindicação é para redução no valor. Em 2018, um cenário semelhante levou a grande mobilização e desabastecimento em mais de 15 estados.
Somente em 2021, mais de cinco reajustes já foram feitos no valor do combustível. Segundo o índice de preços Ticket Log , o aumento no preço do Diesel nos últimos 12 meses foi de 45,12%. No mesmo período, o IPCA subiu 8,0%.
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (5) mais um aumento. Desta vez, gás de cozinha, gasolina e diesel tiveram reajuste. Os novos preços passaram a valer a partir desta terça-feira (6). O aumento no diesel foi de 3,7% e o da gasolina 6%. Conforme o cálculo da CNTR, insumos do caminhão e o custo do diesel representam 70% do valor do frete.
O conselho enviou uma carta nesta segunda-feira reafirmando sua posição para a Petrobras e informando sobre o impacto em toda a cadeia produtiva por causa das mudanças.
Em 2018
A paralisação de 2018 colocou todo o país a observar melhor o valor do combustível e a importância da categoria. O cenário era semelhante. Houve aumento de mais de 50% em 12 meses. Caminhões bloquearam rodovias em 15 estados pedindo fixação na tabela de valores e redução do PIS-cofins.
Durante os dias de movimento, alguns hospitais chegaram a anunciar que estavam ficando sem insumos. Motoristas ficaram horas nos postos de gasolina. Na época, o presidente Michel Temer (MDB) colocou os militares para garantir a distribuição de combustíveis em alguns locais e escolta de comboios em estradas próximas de refinarias.
A mobilização terminou quando a Associação Brasileira de Caminheiros (Abcam) assinou um acordo e desmobilizou a categoria.
Fonte GBC