Uma mulher transexual, de 26 anos, foi morta com um tiro na cabeça em Porto Alegre e o principal suspeito de ser o autor do crime é um policial militar aposentado. Ele foi preso preventivamente nessa terça-feira (26) em Cidreira, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, e teria confessado o assassinato para a Polícia Civil.
O caso passou a ser investigado pela 5ª Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa após o registro do desaparecimento da vítima, feito por familiares no último dia 19. De acordo com a polícia, a mulher foi morta no dia 17 de outubro.
O suspeito alegou legítima defesa, contando que a vítima teria invadido seu carro para tentar assaltá-lo e que ela estava armada com uma faca. A suposta tentativa de assalto teria ocorrido em uma avenida da zona norte da Capital.
Depois de ter alvejado a mulher, o suspeito afirmou que abandonou o corpo em uma área deserta do Distrito Industrial de Alvorada, na Região Metropolitana, às margens da ERS-118, e fugido para o litoral. O cadáver foi localizado na tarde da última sexta-feira (22).
Inicialmente, a polícia trabalha com a hipótese de homicídio qualificado. O policial militar aposentado está preso no Presídio Policial Militar, em Porto Alegre. A identidade dele não foi divulgada.
O carro usado pelo suspeito foi apreendido e passado por perícia no Instituto-Geral de Perícias (IGP). O laudo apontou a presença de substância que pode ser sangue após teste com o reagente luminol. Como controlados serão encaminhados para comparação com o sangue da vítima.
As buscas para o cumprimento da prisão preventiva do suspeito contaram com o apoio da Corregedoria-Geral da Brigada Militar. O órgão se pronunciou sobre o ocorrido afirmando que não abre processo para investigar a conduta do militar da reserva.
Leia o texto na íntegra:
“A Corregedoria-Geral da Brigada Militar atuou em conjunto com Policiais Civis da 5ª DHPP para efetuar a prisão preventiva do Militar Estadual da reserva, suspeito de ocorrência em ocorrência de homicídio. Ele foi conduzido a sede da 5ª DHPP em Porto Alegre e depois ao Presídio Policial Militar, onde segue cumprindo uma prisão preventiva.
O suposto crime não é alcançado pela legislação militar pois não foi praticado nas condições que a lei prevê, até mesmo pelo fato do ME estar na Reserva Remunerada, bem como não é alcançado disciplinarmente.
O Militar teve a liberdade cerceada, constituindo o tipo de sanção mais severa que a legislação brasileira prevista. ”
Fonte: Blog do juarez