Policiais Militares do Batalhão de Alvorada são indiciados, sobre formação de melícia e corrupção

Policiais Militares do Batalhão de Alvorada são indiciados, sobre formação de melícia e corrupção

O Comando-Geral da Brigada Militar divulgou na manhã desta terça-feira uma nota oficial sobre o Inquérito Policial Militar (IPM) que apura a conduta de 27 policiais militares do 24º BPM de Alvorada “em virtude da atuação miliciana” praticada pelos envolvidos. O documento é assinado pelo comandante-geral da BM, coronel Vanius Cesar Santarosa.

Entregue à Justiça Militar, o IPM de portaria nº 2849, de 2018, havia sido instaurado para apurar a conduta irregular dos brigadianos suspeitos na época no 24º BPM de Alvorada. Alguns deles já não estão mais no batalhão. A investigação foi denominada de Operação Bem Cuidado.

“As investigações ficaram sob responsabilidade da Corregedoria-Geral, que durante seu curso desencadeou ações de cumprimentos de mandados de busca e apreensões, bem como realizou a prisão de agentes policiais militares e cidadão civil em flagrante de delito por irregularidades constatadas durante as ações de buscas e apreensões”, esclareceu a nota oficial.

“O caderno investigativo conta com mais de 15 volumes, totalizando 2.898 páginas, culminando pelo indiciamento de 27 policiais militares e possíveis crimes de oito cidadãos civis, sendo atribuídos aos indiciados militares diversos tipos de delitos militares, tais como abandono de serviço, corrupção ativa e passiva, violação do sigilo funcional, peculato, prevaricação, crimes previstos no estatuto do desarmamento, abuso de autoridade, dentre outros”, acrescentou o documento. Entre os indicados pelo IPM em mais de 40 crimes estão 24 soldados, dois sargentos e um capitão, todos do 24º BPM.

O Comando-Geral da BM destacou também que “a partir de agora, o passo é realizar a instauração dos processos disciplinares decorrentes da solução do IPM, sob o crivo da ampla defesa e contraditório, visando avaliar a conduta de cada policial militar indiciado”.

“Ao final do processo, esses militares estaduais poderão sofrer desde uma advertência até a perda do cargo público por meio de exclusão. Nesse diapasão, maiores detalhes dos indiciamentos não serão informados tendo em vista não causar nenhum prejuízo às partes envolvidas e que a partir de agora tais fatos serão avaliados sob o crivo do Ministério Público e Justiça Militar por meio do processo criminal”, observou.

Por fim, o Comando-Geral da BM continua “contando com a ajuda da comunidade rio-grandense no tocante ao envio de denúncias, pois a exemplo desta operação, outras poderão surgir através das constatações e denúncias realizadas pelos cidadãos e enviada ao comando da corporação, haja vista, não compactuarmos com desvios de conduta de nenhum integrante, buscando sempre e elucidação de todos dos fatos”.

Fonte Correio do Povo

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