Policia Prende criminoso que colocou fogo em escritório de advogados

Policia Prende criminoso que colocou fogo em escritório de advogados

Durante operação conjunta da Polícia Civil no Rio Grande do Sul e no Ceará, entre a terça (29) e esta quarta-feira (30), um homem foi preso em Cachoeirinha, suspeito de fazer parte de uma quadrilha que extorquia empresários e advogados na Região Metropolitana. Um escritório chegou a ser incendiado pelo grupo.

Batizada como Operação Quixarás, a ação é de responsabilidade da 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos/Deic, com o objetivo de reprimir a prática de crimes de extorsão, associação criminosa, incêndio criminoso e outros delitos correlacionados, bem como captura de foragido. Os fatos ocorreram no Rio Grande do Sul desde 2020.

Segundo a Polícia, há indícios de que os responsáveis pelo crime foram presos durante a ação. A investigação criminal ainda conseguiu identificar que, um dos responsáveis pelo incêndio, segundo os próprios investigados e autores das extorsões, foi morto, na noite seguinte ao ato praticado. O homicídio ocorreu na cidade de Alvorada.

Os policiais civis gaúchos cumpriram o mandado de prisão do principal alvo. Ao todo foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, oito mandados de busca e apreensão em Alvorada, Cachoeirinha, Fortaleza/CE e Quixeramobim/CE.

Em Fortaleza/CE, o alvo principal foi preso na manhã do dia 29, enquanto deixava um hotel onde estava hospedado. Com ele foi apreendido um veículo automotor que se passava por Oficial de Justiça Federal, com uma placa falsa no painel do veículo. Ele também utilizava um adesivo de advogado.

Na sequência, a ação visou a prisão do alvo cearense, que foi capturado no local de sua moradia, no bairro Jangurussu. Nesses locais, diversos cartões fraudados foram apreendidos, bem como celulares e documentos falsificados. Seu papel, segundo a investigação, era fazer os contatos de extorsão.

Em Nova Santa Rita

Conforme a investigação, o líder do grupo é um gaúcho, que já estava foragido da Justiça Federal desde 05 de março de 2020. Ele possui diversos antecedentes policiais por crimes de estelionato, uso de moeda falsa e usurpação de função pública praticada em 2017 na região metropolitana e no interior de Nova Santa Rita.

Anteriormente o criminoso já se passou por Oficial de Justiça e por Policial Civil do Estado. Uma ação penal está em andamento junto à Justiça Federal no Rio Grande do Sul, por onde havia mandado de prisão preventiva em aberto. Ele cumpria, em conjunto com outros comparsas, falsos mandados de busca e de apreensão, visando apreensão de cigarros contrabandeados. Chegavam a utilizar veículos com brasão do TJ/RS, camisetas com identificação e falsa carteira funcional. Já como suposto policial civil, praticou crimes em 2018 em Cidreira, utilizando-se de simulacros de arma de fogo, roupas falsificadas da Polícia Civil e, assim, extorquiam empresários da cidade.

Casos de extorsão

Em Porto Alegre, no final da tarde da terça-feira (29), outro homem foi preso na Free Way, enquanto dirigia. Ele é apontado como sendo o elo entre o núcleo gaúcho e o núcleo cearense. As buscas foram executadas na sequência, sendo que em um dos imóveis relacionados a ele foram apreendidas duas pistolas, calibres 9mm e 380, um boné com o emblema da Polícia Federal, além de outros acessórios para arma de fogo. Já em outro local, foi apreendida a quantia de 51 mil reais, documentos e comprovantes bancários.

O fato principal é o relacionado à extorsão e ao incêndio criminoso, ocorridos entre os dias 27 e 31 de março de 2021. As vítimas de extorsão compõem uma Banca de Advogados que atua no Rio Grande do Sul. Os criminosos incendiaram o escritório e ameaçaram os profissionais. Os valores, a título de extorsão, foram pagos mediante transferências via movimentações PIX. Por ordem judicial, todas as contas bancárias dos investigados estão sendo bloqueadas para ressarcir futuro às vítimas pelos danos sofridos.

A investigação criminal também descobriu como o grupo criminoso conseguiu acessar dados sensíveis relacionados às vítimas, como locais de moradia, vínculos familiares e telefones celulares atuais. A conclusão da investigação, até o presente momento, foi a de que, por meio de serviços acessíveis pela internet e contratação de serviços em sites especializados, o grupo conseguiu obter dados relevantes para implementar as extorsões.

Ao longo da investigação foram descobertos outros fatos, como várias extorsões. Uma delas ocorreu em 20 de janeiro de 2021, sendo a vítima de Viamão. Outra extorsão ocorreu em 04 de abril de 2021, com uma vítima de Cidreira e com familiares em Viamão.

Em fevereiro deste ano, a vítima foi um proprietário de loja de Alvorada. Ele foi acusado falsamente de delatar à polícia os membros pertencentes a uma facção criminosa, que teriam feito em sua loja uniformes falsos da Polícia Civil. Para não sofrer uma séria de represálias, o proprietário da loja teria que pagar valores.

Fonte GBC

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