Os agentes da Polícia Civil da 126ª DP, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, apreenderam na manhã desta quinta-feira (06), um menor suspeito de planejar um ataque a uma escola pública.
De acordo com o delegado titular, Carlos Eduardo Almeida, o plano foi descoberto por integrantes do Laboratório de Inteligência Cibernética, do Ministério da Justiça, que detectou o planejamento do adolescente nas redes sociais.
Segundo o delegado, o laboratório de Brasília apresentou a informação de que um massacre poderia acontecer. Então a polícia civil foi no dia de ontem (06) às 7 da manhã a locais apontados nos relatórios e encontrou o adolescente na casa dos pais, junto ao material que seria usado no atentado (botas nazistas, martelo, bombas caseiras, facas). Um caderno com desenhos nazistas também foi apreendido.
O adolescente assumiu que iria cometer o atentado, e a mãe obviamente ficou chocada. O rapaz foi internado por ameaça terrorista, pois precisa ser retirado do convívio social e receber ajuda psiquiátrica. A polícia seguirá investigando os lugares que o rapaz frequentava na internet e se agia sozinho.
É exatamente isso que pedimos tanto que a polícia faça: que use uma estrutura e a inteligência que tem para monitorar os canais anônimos que são verdadeiros criadouros de terroristas misóginos e impedir que eles ajam. E que exista comunicação entre as várias polícias de cada estado.
Claro que, além da ação policial, é preciso um trabalho educativo para ver o que se passa na cabeça de meninos que são tão facilmente cooptados por grupos neonazistas. Os pais devem sempre conversar com os filhos, e deveria haver espaço nas escolas para diálogos francos contra os preconceitos. É imprescindível que as plataformas na internet têm responsabilidade sobre o que passam aos seus usuários.
De acordo com o delegado, em depoimento prestado na DP, o jovem admitiu que planejava o ataque. Ele foi apresentado ao Ministério Público e será internado, além de passar por tratamento psicológico. “Conseguimos impedir essa ocorrência muito provável que seria feita pelo adolescente.” -Afirma o delegado.
De: Folha dos Lagos