A PF (Polícia Federal) intimou Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro, um depor em um inquérito que investiga o suposto tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
O inquérito foi aberto em março, a pedido do MPF, depois de uma denúncia feita contra Jair Renan por parlamentares de independente ao governo. A sua empresa, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, foi criada no final do ano passado. A festa de inauguração teve cobertura fotográfica e de vídeos feitos de graça por uma produtora que prestava serviços para o governo federal.
As suspeitas sobre Jair Renan envolvem a suposta utilização da empresa de eventos dele para promover articulações entre a Gramazini Granitos e Mármores Thomazini – grupo empresarial que atua nos setores de mineração e construção – e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
O grupo empresarial teria presenteado Jair Renan e o professor Allan Lucena, um dos parceiros comerciais do filho do presidente, com um carro elétrico avaliado em R $ 90 mil. Um mês após a suposta doação, em outubro do ano passado, representantes da Gramazini se reuniram com Marinho.
O advogado de Jair Renan, Frederick Wassef, disse que não poderia comentar sobre a intimação de seu cliente porque a investigação corre em segredo de justiça. Wassef, porém, argumentou que o jovem não cometeu nenhuma irregularidade e atribuiu a abertura do inquérito a uma suposta “perseguição da esquerda”.
“As investigações ainda estão em curso, e o inquérito tramita em segredo, portanto eu não posso falar absolutamente nada do inquérito. O que eu posso afirmar é que Jair Renan jamais ganhou qualquer carro que seja e jamais praticou qualquer ato irregular ou ilícito. Trata-se de uma investigação instaurada por manifestação e requerimento de parlamentar de esquerda ”, afirmou.
Fonte Porto Alegre 24 horas