Durante a reunião com prefeitos, secretários municipais da saúde, vereadores e lideranças da região, na manhã desta segunda-feira, dia 22, na Câmara de Vereadores de Montenegro, o secretário municipal da saúde, Rodrigo Streb, declarou que, além das dificuldades de atendimentos enfrentadas pelos municípios no Hospital Montenegro (HM), foi procurado pela vereadora Camila Oliveira, que relatou possíveis crimes dentro da casa de saúde.
Em seguida a vereadora Camila declarou que recebeu relatos de assédio sexual dentro da instituição do Hospital Montenegro. “Como mulher parlamentar, não posso me calar e ser omissa diante de algo tão grave”, disse. “As pessoas, além de precisar trabalhar, ainda sofrem com o assédio sexual no seu local de trabalho. Tem que sofrer com um tormento desses. Muitas vezes têm que pedir demissão por não poder continuar, por estar sendo atormentadas e assediadas dentro do seu local de trabalho. Isto é muito grave”, disse, pedindo explicações para a OASE (Ordem Auxiliadora das Senhoras Evangélicas”, que é a entidade mantenedora do hospital. “A população montenegrina cobra respostas”, completou.
Procurada pela reportagem, a vereadora Camila preferiu não dar mais detalhes sobre a denúncia, informando apenas que seriam seis denúncias que teria tomado conhecimento e que mais informações teriam que ser buscadas junto a DEAM (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) e o Ministério Público do Trabalho do Estado (MPT/RS). Titular da Delegacia da Mulher, a delegada Cleusa Spinato confirmou que realmente existem algumas ocorrências registradas, com inquérito policial em andamento, mas que não divulgaria mais detalhes para não prejudicar as investigações. “Só posso dizer que temos um inquérito instaurado para apurar denúncias de assédio sexual ocorridos no HM, o qual se encontra em fase de instrução (apresentação de provas). Tem várias vítimas”, declarou à delegada.
Pelo menos três procedimentos também foram instaurados pelo Ministério Público do Trabalho, para apurar denúncias de comportamentos impróprios em ambiente de trabalho. Os fatos teriam ocorrido desde 2018. As denúncias seriam de situações constrangedoras sofridas por funcionárias com relação a comentários e mensagens.
O diretor executivo do Hospital Montenegro, Carlos Batista da Silveira, disse que não tinha conhecimento da abertura de inquéritos sobre tais denúncias. Declarou que tudo será respondido em nota oficial do HM no decorrer desta semana.
(Fato Novo)