As ofertas de dinheiro fácil por meio do Pix estão sendo usadas, mais uma vez, como isca para atrair vítimas para golpes de roubo de dados. Uma rede de perfis falsos engajada nesse tipo de prática foi localizada com mais de 600 mil seguidores e 365 mil curtidas, oferecendo oportunidades de investimento fraudulentas, prêmios em dinheiro e sorteios como forma de obter informações pessoais e financeiras dos interessados.
É o que os especialistas da PSafe chamaram de “Robô do Pix”, uma série de esquemas operados pelas redes sociais a partir de táticas já conhecidas de phishing e engenharia social. Marcações de pessoas aleatórias em postagens, publicações e até anúncios pagos são o primeiro passo do sistema, focado na obtenção de transferências ou informações de cartão de crédito.
Em um dos casos expostos pela empresa de segurança, é feita a já conhecida oferta de multiplicação de dinheiro. Afirmando estar oferecendo um “investimento 100% seguro em criptomoedas”, os golpistas pedem a realização de transferências via Pix com a promessa de enviarem de volta valores mais de 10 vezes superiores. O envio de R$ 50, por exemplo, daria um retorno de R$ 550, enquanto um de R$ 400 geraria devolução de R$ 4.100.
Em outros dois, a vítima é informada sobre o recebimento de um prêmio em dinheiro ou convidada para participar do sorteio de uma transferência por meio do Pix. Em ambos os casos, é levada a um site fraudulento que exige dados pessoais e de cartão de crédito, que claro, vão para as mãos dos criminosos sem que o usuário, em si, jamais veja um centavo do que foi prometido, como no caso do falso investimento em criptomoedas.
De acordo com a PSafe, de janeiro a junho deste ano, já foram quase 12 milhões de bloqueios em tentativas de estelionato virtual como esta. Em média, são 65 mil ocorrências por dia, um número considerado alarmante pela empresa e parte de um cenário em que o Pix se tornou protagonista das tentativas de golpes online.
Como se proteger de golpes
A recomendação dos especialistas é para que os usuários desconfiem de ofertas boas demais para serem verdade, já que elas geralmente não são. Promoções, ofertas e até descontos em produtos podem ser usados para atrair as pessoas a sites fraudulentos; o ideal é não preencher cadastros, realizar pagamentos ou entregar informações.
O mesmo vale também para contatos que venham por mensagem de texto, aplicativo ou e-mail, seja com a promessa de ganhos financeiros ou indicação de problemas de serviços, contas bancárias e plataformas. Caso desconfie da veracidade do contato, busque o suporte oficial, por telefone ou online, em vez de responder a tais contatos.
Manter o celular e o computador atualizados e rodando soluções de segurança também ajuda na identificação de links fraudulentos e na mitigação de golpes ou ataques mais comuns. A PSafe oferece, ainda, uma ferramenta que analisa URLs e indica se o site a ser acessado é ou não seguro.
As informações são do site Canaltech.