Um casal foi preso na sexta-feira, 23, suspeito de torturar e matar o filho de 1 ano com socos e fio de carregador de celular. O crime ocorreu em Cáceres, a 250 km de Cuiabá.
Segundo a polícia, o pequeno Enzo Gabriel Fontaneli deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade com diversas marcas de lesões pelo corpo e sem sinais vitais. A equipe médica ainda tentou reanimar a criação, mas sem sucesso.
A médica responsável pelo atendimento disse que a criança tinha diversas marcas pelo corpo, como hematomas, inclusive nos olhos, nódulos na cabeça e cicatrizes, entre elas a que mostra uma marca de um carregador de celular.
À polícia, a mãe, de 20 anos, contou, num primeiro momento, que o filho teria caído de uma mureta e batido a cabeça na noite anterior. Mas depois acabou confessando que viu uma criança sendo agredida pelo pai, que não gostou de ouvir o pequeno Enzo chorar e se irritou com o filho.
O casal responderá por homicídio qualificado mediante tortura e recurso que impossibilitou a defesa, com agravante pelo fato da vítima ser menor de 14 anos. Além disso, eles também podem responder por estupro de vulnerável, já que um laudo preliminar apontou indícios de que uma criança foi abusada sexualmente.
Violência contra crianças – como denunciar?
Para denunciar qualquer caso de violência sexual infantil, é necessário procurar Conselho Tutelar, delegacias especializadas, autoridades policiais ou ligar para o Disque 100 . A Polícia Civil do RS também dispõe dos fones (51) 2.131.5700 (para Porto Alegre), 0800 642.6400 e (51) 9.8418.7814 (WhatsApp e Telegram).
Disque 100: mantido pelo Governo Federal, recebe, encaminha e monitora denúncias de violação de direitos humanos. A ligação pode ser feita de telefone fixo ou celular e é gratuito. Funciona 24 horas, mesmos aos finais de semana e feriados. A denúncia pode ser anônima.
Aplicativo “Proteja Brasil”: disponível para smartphones e tablets, o aplicativo gratuito, mantido pelo Governo Federal, recebe denúncias identificadas ou anônimas. Também disponibiliza os contatos dos órgãos de proteção nas principais capitais.
Conselho Tutelar: é o principal órgão de proteção das crianças e adolescentes. Há conselhos tutelares em todas as regiões. Uma denúncia pode ser feita por telefone ou pessoal, e como unidades estão funcionando em horários diferenciados.
Delegacias de Polícia: seguindo abertas 24 horas. Tanto as delegacias comuns quanto às competências denúncias de violência contra crianças e adolescentes.
Polícia Militar: em caso de emergência, disque 190. A ligação é gratuita e o atendimento funciona 24 horas.
Fonte Catraca Livre