No último domingo (11/6), uma tragédia abalou a cidade de Itabirinha, interior de Minas Gerais, quando um pai tirou a vida da própria filha com uma facada. De acordo com relatórios da polícia, o crime ocorreu durante uma intensa briga entre os dois, que aparentemente já enfrentavam conflitos constantes.
João Luiz da Silva, de 55 anos, dirigiu-se à Delegacia de Polícia Militar logo após o homicídio para relatar o ocorrido, apresentando indícios de ter consumido álcool. Ele é acusado de ter cometido o assassinato de Gracielle Pereira Torres da Silva, de 21 anos, com um golpe de faca. A vítima residia com seus filhos na casa dos pais.
Segundo o relato do pai à polícia, Gracielle estava envolvida com tráfico de drogas, o que frequentemente gerava conflitos entre eles. João Luiz alegou ter sido agredido por sua filha repetidamente e afirmou que, no dia do ocorrido, não foi diferente. Ele relatou que, após o choro do neto, pediu para que Gracielle cuidasse da criança, porém, ela teria o xingado e se preparado para agredi-lo com um pedaço de madeira.
A versão apresentada pela testemunha ocular Maria Del Carmen de Pereira Torres, mãe da vítima, difere consideravelmente. Segundo Maria, após o pai questionar a forma como Gracielle criava as crianças, uma discussão começou e João Luiz começou a insultá-la. Neste momento, Gracielle se levantou e respondeu ao pai. A mãe relatou que a filha declarou sua intenção de deixar a convivência com o pai, o que enfureceu João Luiz, resultando em agressões com um pedaço de madeira. A vítima conseguiu tomar o objeto das mãos do pai, mas ele foi até a cozinha e pegou uma faca. Durante o confronto, Gracielle conseguiu desviar de um golpe inicial, porém, acabou sendo atingida no peito.
Após o ocorrido, Gracielle foi prontamente socorrida e levada ao Hospital São Lucas de Itabirinha, mas, infelizmente, não resistiu aos ferimentos e veio a falecer. As divergentes versões dos envolvidos tornam a investigação mais complexa, e as autoridades continuam buscando reunir provas e esclarecer os fatos para determinar a responsabilidade no caso.
Fonte Porto Alegre 24 horas