O ex-presidenciável Padre Kelmon (PTB) está processando a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil por danos morais.
Autoprocalamado ‘sacerdote ortodoxo’, o político pede uma indenização de R$ 500 mil e direito de reposta da instituição devido a uma publicação, feita no período eleitoral, em que a entidade afirmou que Kelmon não tinha qualquer vínculo com igrejas ortodoxas. Na época, o texto foi assinado por Dom Tito Paulo George Hanna, arcebispo da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia do Brasil.
“Esclarecemos que, em pleno respeito, mas também gozando da mesma liberdade de pensamento, consciência e religião prevista no 18º artigo da Declaração dos Direitos Humanos e no artigo 5º da Constituição Federal do Brasil, o referido candidato não é membro de nossa Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia do Brasil em nenhuma de suas paróquias, comunidades, missões ou obras sociais”, dizia o documento.
Nas eleições de 2022, Kelmon se apresentou como sacerdote da Igreja Ortodoxa no Brasil, aparecendo em peças de campanhas com vestimentas tradicionais da igreja, inclusive nos debates presidenciais.
Conforme informado ao jornal O Globo, o advogado do ex-presidenciável, Diego Maxwell, alega que Kelmon teve a “sua imagem e sua dignidade abalada, tendo sido veiculado de maneira indevida a notícia de que era falso padre”.
Durante toda a campanha eleitoral, a veracidade do vínculo de Kelmon à Igreja Ortodoxa foi debatida. Ele inclusive cravou embates com a senadora Soraya Thronicke (União-MS), também ex-candidata à Presidência, que o chamou de “padre de festa junina”.
Desligado da Igreja Ortodoxa do Peru
Em dezembro do ano passado, Kelmon foi desligado da Igreja Ortodoxa do Peru no Brasil. Na época, Kelmon disse que pediu afastamento da instituição.
Pouco tempo depois, o ex-candidato disse que faria parte de uma outra denominação religiosa, a Igreja Ortodoxa Grega da América e Exterior.
Fonte Correio Brazielense