Familia das vítimas da chacina realizada no último domingo em uma pizzaria da Zona Norte, relatam o acontecido à polícia. Quatro homens da mesma família foram mortos por um policial após um desentendimento em uma festa na casa da família, no bairro Mário Quintana, também na ZN.

As vítimas foram os irmãos Cristiano Lucena Terra, 38 anos, e Christian Lucena Terra, 33 anos, o sobrinho deles, Alexsander Terra Moraes, 26 anos, e o primo Alisson Corrêa Silva, 28 anos. Todos os quatro foram sepultados na segunda-feira na Capital.

Conforme depoimentos, a partir do momento em que se iniciou a discussão com o policial militar, oito pessoas estavam no interior da residência comemorando um aniversário de um familiar; as quatro vítimas, duas idosas e as duas mulheres que aparecem no vídeo da câmera de segurança da pizzaria.

Segundo o advogado da família, Ismael Schmitt, o policial sem farda invadiu o local durante a comemoração, por volta de 5h e com arma em punho chegou dizendo “polícia, polícia, desliga o som”. Duas mulheres abaixaram a música e na saída o PM teria desferido um tapa no rosto de uma delas e sai por tão a fora.

Dentro de casa, começaram a pensar o que tinha acontecido: entrou um cara, apontou arma, deu tapa em uma delas. Decidiram que iriam achar esse cara e chamar a polícia. Ele apontou a arma para todo mundo. Queriam ver se era policial mesmo. Nunca viram ele na vida. Não sabiam quem era — disse o advogado.

O policial saiu em disparada e se escondeu dentro da pizzaria, na Avenida Manoel Elias. Os parentes foram atrás e no interior do estabelecimento iniciou a chacina.

“É um absurdo a tese de legítima defesa. Ele foi atirando em todo mundo. O cara empilha corpos. Foi um massacre. Quando ele terminou de matar os homens, mirou a arma para a mulher e a ameaçou, conforme relato do advogado.

Nenhuma das vítimas possuía antecedentes criminais.

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