Organização que movimentou R$ 1,4 milhão em tráfico de drogas é alvo de ação em Porto Alegre

Organização que movimentou R$ 1,4 milhão em tráfico de drogas é alvo de ação em Porto Alegre

Um esquema milionário de distribuição de drogas em Porto Alegre foi descoberto pelo Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil. Em apenas quatro meses, uma organização criminosa movimentou cerca de R$ 1,4 milhão. O líder se intitulava “jogador caro” e usava o apelido como marca da droga vendida. “Era uma demonstração de qualidade e pureza”, ressaltou o delegado Guilherme Dill.

Ao amanhecer desta terça-feira, a operação Cartão Vermelho foi desencadeada na Capital e Gravataí. Houve o cumprimento de 30 ordens judiciais, sendo 11 mandados de prisões temporárias e 11 mandados de busca e apreensão, além de cinco bloqueios de contas bancárias e três sequestros de veículos.

A ação mobilizou em torno de 55 policiais civis em 27 viaturas nos bairros Rubem Berta e Jardim Lindoia, na Capital, e na vila Neila, em Gravataí. Seis prisões foram efetuadas. Um dos detidos está envolvido no assalto a uma casa de câmbio ocorrido na cidade uruguaia de Rivera, em 2017. Os agentes apreenderam ainda três veículos, duas pistolas e um revólver, 77 munições e cerca de meio quilo em pinos com cocaína, já prontos para venda.

Estão sendo investigados os crimes de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e associação para o tráfico. A apuração começou em agosto do ano passado, quando um casal foi preso com 18 quilos de crack, avaliados em mais de R$ 300 mil, na Capital.

O trabalho investigativo apontou que 13 suspeitos mantinham “uma rotina de compra e venda de drogas em grandes quantias, bem como movimentação ilícita de valores nas contas bancárias diariamente”. Deste total, 11 foram alvos da operação nesta terça-feira e um não teve o pedido de prisão deferido, bem como um outro já se encontra recolhido no sistema prisional.

“O grupo é especializado na distribuição de crack e cocaína na Capital e também na lavagem de capitais mediante transferência reiterada dos valores para contas de terceiros. A lavagem de dinheiro ocorria pela dissimulação e transferência contínua dos valores entre as mesmas contas para retirar a origem ilícita e de forma circular. Essas sucessivas transferências visavam encobrir a origem ilícita do dinheiro”, explicou o delegado Guilherme Dill.

“Uma advogada também é investigada por auxiliar o grupo, colocando veículos em seu nome, que eram utilizados para transportes de drogas. A investigada também orientava juridicamente o grupo para facilitar a lavagem de dinheiro” acrescentou. “Trata-se de uma cirúrgica operação para desmantelar o grupo”, emendou.

Conforme o delegado Guilherme Dill, o trabalho policial está em estágio avançado, de modo que as prisões são necessárias para a conclusão do inquérito policial e demonstração de vínculos entre os indivíduos.

 

Fotos: PC / Divulgação / CP

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