O que a Polícia já sabe sobre o caso do trabalhador morto por colega em São Leopoldo

O que a Polícia já sabe sobre o caso do trabalhador morto por colega em São Leopoldo

O caso do trabalhador morto após ser ferido em horário de expediente por um colega dentro de uma empresa em São Leopoldo segue sendo apurado pela Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP). Enquanto ouvem testemunhas, o delegado André Serrão e equipe tentam montar o quebra-cabeça e compreender o que teria acontecido instantes antes do ataque à vítima – identificada como Marcelo Camillo, 35 anos. Até a manhã desta quinta-feira (9), o suspeito, de 54 anos, seguia foragido.

O crime aconteceu na manhã de segunda-feira (6) na empresa Sulcromo, no bairro São João Batista. Camillo foi golpeado no peito com um objeto cortante utilizado na fábrica, uma espécie de faca artesanal. Ele chegou a ser socorrido ao Hospital da Unimed, mas acabou morrendo durante o atendimento médico.

 

A agressão teria sido motivada, segundo a Polícia, por um desentendimento entre a vítima e o suspeito, por conta do horário estipulado para o café.

De acordo com o delegado André Serrão, uma das certezas da Polícia é de que o crime não havia sido premeditado. “Eles se deram carona no sábado (4). Por isso, foi um desentendimento da segunda feira”, conclui Serrão. Conforme o delegado, até agora, nenhuma testemunha ouvida no inquérito falou com certeza sobre o que teria motivado a agressão. No entanto, foram mencionadas discussões prévias envolvendo os colegas de setor no ambiente de trabalho.

A Polícia acredita que o suspeito deva se apresentar nos próximos dias na delegacia, uma vez que já constituiu advogado. Conforme Serrão, não há mais possibilidade de prisão em flagrante. Informações sobre o paradeiro dele podem ser repassadas de forma anônima à DPHPP pelo telefone 98489-5169, por meio de mensagens no WhatsApp, ou pelo 0800-642-0121.

O que diz a empresa

A Sulcromo Revestimentos Metálicos, empresa onde Camillo e o colega trabalhavam, emitiu nota em suas redes sociais lamentando o fato e decretando luto na terça-feira (7). “Neste momento estamos nos dedicando da melhor maneira possível ao apoio à família do Marcelo. A comunidade da Sulcromo está em luto e em choque com esta perda irreparável. Estamos colaborando de todas as formas com os órgãos responsáveis pelas investigações”, diz o texto.

Na quarta-feira (8), a assessoria de imprensa da empresa emitiu uma nota de esclarecimento:

“A Sulcromo e seus colaboradores permanecem consternados e comovidos com a perda do colega Marcelo Camillo. Viemos também a público, em respeito à comunidade e nossa equipe, esclarecer informações que vem sendo divulgadas em relação ao caso ocorrido:
•A empresa informa que sempre esteve e continuará à disposição dos órgãos envolvidos nas investigações de forma voluntária e colaborativa;
• Os funcionários envolvidos no caso não exerciam hierarquia um sobre o outro, ambos se reportavam a supervisão de produção da empresa;
•A diretoria e supervisão da Sulcromo não promove, compactua ou se abstém frente a qualquer forma de violência;
• A Sulcromo está apoiando a família do Marcelo, em tudo que necessitam;
•Estamos também empenhados em proteger a segurança de nossos funcionários, sem envolvimento com o caso, contra qualquer tipo de exposição e represália;
Pedimos que toda e qualquer informação sobre o caso seja direcionado para a linha direta da Polícia Civil 0800 642-0121 ou pelo WhatsApp (51) 98585-6111.
A Direção
São Leopoldo, 8 de junho de 2022″

Vítima estava de casamento marcado

O corpo de Camillo foi velado na Capela Nossa Senhora Aparecida, no bairro Santo André. O sepultamento ocorreu em Sobradinho, cidade natal dele e onde reside a maior parte da família. Filho único, segundo amigos, Camillo se preparava para o casamento no religioso, marcado para o próximo mês de setembro. Ele e a esposa haviam oficializado o relacionamento no Civil em dezembro passado.

Fonte Jornal NH

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