Com objetivo de atender demandas urgentes de combate às mais graves formas de violência contra uma mulher, a Secretaria de Igualdade de Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social (SICDHAS) assinou, na tarde desta segunda-feira (22), um termo de colaboração com a Associação Vivendo Atos 29.
A proposta é realizar acolhimentos institucionais em Porto Alegre com a criação de uma casa-abrigo para as vítimas de violência doméstica em situação de risco de morte ou ameaça grave, oferecendo proteção integral com materiais, hospedagem, higienização e apoio psicossocial. Ao todo, são R $ 250 mil para a execução do projeto, proveniente de emenda parlamentar da deputada estadual Luciana Genro.
Durante cinco meses serão garantidas 15 diárias por dia – um total de 450 diárias por mês – para as vagas na casa-abrigo. A secretária Regina Becker justifica a necessidade do trabalho a ser desenvolvido, levando em consideração que a violência contra a mulher foi agravada durante uma pandemia.
“A criação de um espaço para as mulheres é fundamental na contribuição da diminuição do ciclo da violência e a promoção, às vítimas, do recomeço de uma vida com dignidade com seus direitos básicos assegurados”, afirma.
“A desigualdade salta aos olhos e abre portas para estimular a construção de um futuro no qual seja possível que as mulheres assumam papel de empresa na sociedade. E essa ação de hoje comprova a importância da criação dessas formas de parceria ”, acrescenta a secretária Regina.
O presidente da Associação Vivendo Atos 29, Renan de Lemos Ferreira, e a advogada e coordenadora Eduarda Devantier estiveram no gabinete da SICDHAS para assinatura o termo de colaboração e uso o espaço que receberá como mulheres, que fica na zona sul de Porto Alegre. São 11 quartos individualizados, cozinha, dois espaços de convivência, banheiros coletivos, lavanderia, local para realização de oficinas e profissionalização, sala de reunião, bem como ampla área externa.
Também conta com uma infraestrutura para recebimento de crianças, possibilitando que as mulheres permaneçam no local acompanhada dos seus filhos.
O funcionamento da casa-abrigo é primordialmente destinado a três tipos de atendimento: social, psicológico e jurídico, somado às propostas de profissionalização da mulher, possibilitando uma independência financeira e consequente autonomia e reconstrução de uma vida do ciclo de violência relacionada. “Com um atendimento qualificado e incentivos, garantir que as mulheres acolhidas vençam o ciclo de violência vividos e se tornem livres e independentes”, afirma Eduarda.
Fonte: O Sul