Mulher vai em show de pagode e é atingida no rosto por drone

Mulher vai em show de pagode e é atingida no rosto por drone

Uma mulher foi atingida por um drone durante um show de pagode no último sábado (23), no Distrito Federal.

O acidente ocorreu durante a apresentação do grupo “Mingana Que Eu Gosto”, causou graves cortes e por pouco não atingiu um dos olhos da moça.

O equipamento foi contratado pelos músicos do grupo para fazer registros durante a apresentação, ocorrida no Na Praia, sem autorização dos organizadores do evento.

O drone estaria dando voos rasantes sobre o público no momento do incidente.

A vítima foi a médica veterinária Natália Mendonça Fonseca Nina Guidi, de 31 anos. Ela precisou passar por uma cirurgia plástica para fechar os ferimentos.

“Toda hora passava um drone, super baixo. Baixo a ponto de bagunçar o cabelo mesmo”, contou em entrevista ao Metrópole.

Ela conta que chegou no local às 18h, junto com o marido, e que após 30 minutos, viu o drone colidir em uma árvore.

“Ele bateu e desceu de uma vez. E veio direto no meu rosto”, contou.

Quando percebeu que o equipamento estava vindo em sua direção, Natália teve tempo apenas para abaixar um pouco a cabeça.

“Foi o que salvou o meu olho. Senti só uma pancada no rosto. Meu marido olhou para trás, achando que drone tinha caído atrás da gente. Quando ele virou, eu estava com a cabeça baixa e a mão no rosto. Quando eu tirei a mão, minha mão era só sangue”, desabafou.

Ela também relatou que devido a quantidade de sangue não conseguia enxergar e pesou que havia perdido a visão.

Já no hospital, após a avaliação de três médicos, um cirurgião plástico foi escalado para fazer o procedimento reparatório em um centro cirúrgico, por conta da gravidade da lesão.

“Por milímetros não afetava a minha visão. O médico mesmo falou que esse meu reflexo de ter abaixado a minha cabeça foi o que salvou [minha visão]”, desabafou.

O QUE DIZ A PRODUÇÃO DO EVENTO

A R2 Produções, responsável pelo festival Na Praia, afirma que o drone foi levado pela banda sem autorização dos organizadores.

De acordo com a empresa, as bandas não têm permissão para subir drones durante o evento.

O QUE DIZ O GRUPO DE PAGODE

Leandro Borges da Silveira, 38 anos, em entrevista ao Metrópoles afirmou que o acidente ocorreu durante a apresentação do grupo.

O “Mingana Que Eu Gosto” admite ter contratado uma equipe de filmagem e o drone para registrar o show no festival.

“A gente estava fazendo um vídeo da nossa apresentação. Então a gente pediu autorização para levar uma equipe de vídeo para fazer essa gravação do nosso show”, falou os produtores do evento

Ele disse ainda que “durante o show a gente percebeu que aconteceu alguma coisa. O drone perdeu o sinal e fatalmente acabou atingindo alguma pessoa”, contou.

A banda não mencionou o uso do drone, apenas “filmagens”, segundo os produtores do Na Praia.

O grupo musical se colocou à disposição de Natália para reparar e minimizar os danos do episódio. “A gente ficou bem chateado, consternado com a situação”, confessou.

JUSTIÇA

A vítima acionou a justiça e mobilizou um advogado para buscar seus direitos na justiça e registrou ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na segunda-feira (25).

“Ficarei 10 dias sem trabalhar. Desmarquei cirurgias, por conta de infecção. Sou dona e anestesista de uma clínica. Desmarquei pelo menos 12 cirurgias”, finalizou.

*Com informações do Metrópoles

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