Mulher denuncia marido de amiga por estuprar filha de 4 anos

Mulher denuncia marido de amiga por estuprar filha de 4 anos

Uma motorista por aplicativo denunciou o marido da amiga à Polícia Civil após a filha dela, de 4 anos, contar que foi abusada sexualmente enquanto esteve na casa do casal. Conforme a denúncia, o crime teria acontecido em um intervalo de poucos minutos, enquanto a mãe conversava com a amiga em outro andar da casa, localizada em Itanhaém (SP). O caso foi registrado como estupro de vulnerável e é investigado pela a Polícia Civil. O homem nega o crime.

A mulher, de 37 anos e que não será identificada para preservar sua identidade e a da filha, relata que conhecia e frequentava a casa do casal há pelo menos quatro anos.

“Eu jamais imaginaria que algo assim pudesse acontecer. Eram pessoas tão próximas, que eu os chamava de pai e mãe”, desabafa.

A situação teria acontecido, conforme o relato da própria menina, no último dia 23, quando a mãe deu uma carona para a amiga até a casa dela. A criança estava com a mãe, mas logo se afastou e foi brincar com os cães do casal no quintal, como tinha o costume de fazer.

“Estávamos sentadas ali, tomando café e conversando, como era de costume. Quando me dei conta de que não havia mais barulho de criança, imaginei que ela estivesse sentada no chão. Foram uns 15 minutos para eu prestar atenção nisso”, relata a mãe.

Foi nesse momento de distração que a pequena subiu as escadas, que ficam na área externa da casa, e se encontrou com o homem, que estava no quarto do andar superior. A mãe chamou pela filha, mas quem respondeu foi o homem. “Ela está aqui em cima vendo desenho comigo”, disse ele, segundo a mãe.

Alguns minutos depois, a mulher decidiu ir embora da casa da amiga e chamou pela filha novamente, que lhe foi entregue pelo homem. A menina levava um celular nas mãos e mostrou o desenho que estava assistindo para a mãe, que não suspeitou de nada naquele momento e seguiu para casa.

Relato de estupro

A menina só contou para a mãe que algo havia acontecido naquele quarto quando as duas estavam a sós, já prestes a dormir. A mulher tinha acabado de dar banho na filha e a vestia, quando foi interrompida pela pequena.

“Eu estava colocando a blusinha nela quando ela parou, pegou minhas mãos, ficou de pé na minha altura, simplesmente olhou e disse: ‘Mãe, ele lambeu meu peito'”, relembra.

A mãe, que também atuou como técnica de enfermagem por dez anos, diz que sempre orientou as filhas sobre toques errados de estranhos em seus corpos. Em sua avaliação, teria sido por isso que a filha pôde contar o que aconteceu.

Conforme o relato da menina, o homem passou a língua nos seios dela e passou a mão em sua parte íntima, além de ter, também, pedido que ela segurasse o órgão genital dele. Ao final do relato, ela pediu que a mãe não a levasse mais na casa do casal.

“Eu só sabia chorar. Não quero que ele passe impune. Meu maior objetivo é que ele seja preso e que minha filha esqueça esse trauma”, desabafou a mãe.

Polícia Civil investiga

Dois áudios foram gravados com os relatos da menina e entregues à Polícia Civil. Antes, a mãe da criança chegou a enviá-los à amiga e esposa do homem. Ao ouvir, ela passou mal e precisou ser levada a um pronto-socorro da cidade.

Ao saber que a amiga tinha sido socorrida, a mulher acionou a Polícia Militar (PM) e foi até a unidade de saúde para confrontar o casal sobre o ocorrido, mas não chegou a encontrá-los pessoalmente. Todos foram conduzidos à Delegacia Seccional da cidade para registrar o caso.

O boletim de ocorrência foi registrado por estupro de vulnerável no plantão da Delegacia Seccional de Itanhaém. Como não foi configurado flagrante pela polícia, o suspeito foi ouvido e liberado em seguida. Nenhum objeto dele foi apreendido.

Ao longo de seu depoimento, o homem de 58 anos confessou apenas que assistia a vídeos de pornografia no momento em que a criança entrou no quarto por vontade própria, pedindo para brincar no computador. Ele alega que colocou um desenho para a menina assistir no celular e negou qualquer abuso sexual.

A mãe foi orientada a levar a criança para realizar um exame de lesão corporal no Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande no dia seguinte. O exame foi realizado na última segunda-feira, 27, e não constatou lesões. A mãe, porém, ressalta que a criança não mencionou penetração, mas que o estupro se configura pelos demais atos.

Durante o exame, a menina se mostrou traumatizada.

“Ali pareceu a mesma situação que ela viveu. Ela chorava muito, se debatia e não se permitia ser tocada pelo médico”, acrescenta.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que o caso foi registrado como estupro de vulnerável e encaminhado à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do município. No entanto, por envolver crime sexual, o caso segue sendo investigado sob sigilo.

Segundo a advogada Vanessa Drudi, que defende a vítima, um inquérito policial está em processo para a análise de provas. “O caso em questão ainda está sendo investigado, a pessoa não está detida. Serão tomadas todas as medidas necessárias para que o caso não fique impune”, ressalta.

*Com edição de Estela Marques.

Fonte: Redação Terra

Posts Carousel

Últimas Noticias

Top Authors

Comentados

Outros Videos