O obreiro (auxiliar de pastor) Jean Carlo de Andrade, conhecido como “Jean Guerreiro”, da Igreja Universal de Barra Velha (SC), foi denunciado pela esposa por espancamento e tentativa de homicídio. A agressão teve registro fotográfico e exame de corpo e delito.
De acordo com informações do Diarinho, nos bastidores do escândalo há uma suposta infidelidade conjugal de Jean com uma pastora da Universal.
A esposa de Jean, Tatiana Queiroz de Freitas Cipolla, foi agredida no último dia 21. Segundo Cipolla, o marido teria arrombado a porta, a arrastado pelos pés, puxado pelos cabelos e a espancado várias vezes dentro da casa deles, em Itajuba. Tatiana deixou o local ensanguentada e afirma que o marido teria cuspido em seu rosto.
Em entrevista à Rádio Marazul, Tatiana declarou que a agressão ocorreu depois que ela descobriu a relação extraconjugal do marido. “Ele sempre vinha negando, mas eu peguei as mensagens, descobri ele num hotel com a amante. Está provado”, revelou Tatiana.
“No dia da agressão, eu falava ‘Jean, por que você está fazendo isso?’. Foi quando ele viu o sangue no meu rosto. Depois das agressões, eu o empurrei e consegui sair da casa”, disse Tatiana à Rádio Marazul.
Além disso, Tatiana revelou que quando conseguiu fugir e pedir ajuda para uma amiga, Jean Guerreiro pegou o carro e tentou atropelá-la.
A Polícia Militar socorreu Tatiana e, posteriormente, saiu em busca de Jean, que havia fugido do local. “Saí toda ensanguentada, com a roupa do corpo, e depois do registro da ocorrência, pedi reforço policial para poder buscar minhas coisas em casa”, revela Tatiana.
Após a agressão, Tatiana obteve uma medida protetiva na Justiça e agora anda escoltada por um segurança.
Liderança política
Jean Guerreiro é presidente do Partido Republicanos de Barra Velha, diretor de Habitação da prefeitura e suplente de vereador.
Apoiador do presidente Bolsonaro (PL), ele negou que tenha agredido ou jogado o carro em cima de Tatiana. Ao Diarinho, ele afirmou que Tatiana “não é sua esposa” e que agredir uma mulher não faz parte do seu perfil.
“Tenho oito anos de respeitabilidade em Barra Velha, não faria isso jamais, como tocar um carro em cima de uma pessoa, mas não vou me manifestar”, declarou Jean Guerreiro.
Por sua vez, a Igreja Universal afirma que Jean Guerreiro não representa a igreja e que ele “é apenas um frequentador”. A igreja também declarou, extraoficialmente, que a “situação já chegou aos bispos e eles entendem que é um problema judicial entre o Jean e a esposa”.
(Revista Fórum)