Uma mulher de 36 anos foi presa, em Campo Grande, após agredir uma idosa de 79 anos e bater a cabeça dela no meio-fio até a morte, segundo a polícia. A brutalidade chamou a atenção da perícia, que encontrou muito sangue espalhado ao redor do corpo. Para tentar despistar a investigação, a suspeita inclusive foi até a delegacia, onde buscou notícias do paradeiro da vítima.
A delegada Christiane Grossi, responsável pelas investigações, disse que a investigação apura há quando tempo elas se conhecem, já que os depoimentos são contraditórios.
“A autora fala que elas se conheciam desde julho do ano passado. No entanto, a vítima morava em uma quitinete e lá os vizinhos apontaram que ambas se conheciam desde o mês de novembro. A mulher já mudou as versões mais de uma vez e, em uma delas, disse que conheceu a idosa quando a ofereceu uma corrida, como se fosse por aplicativo, quando a encontrou em um ponto de táxi. Aos poucos, ela foi ganhando a confiança e sempre fazia corridas para a vítima”, afirmou a delegada.
Ainda conforme Grossi, a idosa sempre recorria a ela, quando precisava sair do bairro onde morava até a concessionária de energia ou então para fazer compras em mercado, por exemplo. “Em uma destas viagens, elas foram em uma loja de departamento. A idosa foi reclamar por conta do preço alto da fatura, quando descobriu que a autora havia utilizado o cartão dela. Ela então disse que a denunciaria, quando a mulher a agrediu brutalmente e abandonou o corpo no Indubrasil, com lixo por cima”.
Entenda o caso
A vítima estava desaparecida, quando saiu da casa dela no bairro Santo Antônio. Já a suspeita, que possui quatro filhos e mora no bairro São Jorge da Lagoa, dirigia para os idosos. Ela possui antecedentes por estelionato.
Quando houve o desaparecimento, vizinhos informaram que ela não dormia fora de casa e mantinha o imóvel todo arrumado. “Ela vivia sozinha e eles estranharam o fato dela não aparecer no sábado e domingo, então chegaram a pensar que ela poderia estar morta dentro do imóvel. A investigação ocorreu em parceria com a Delegacia Especializada em Repressão à Homicídios (DEH) e então encontramos o corpo no Indubrasil, com muita violência e sangue espalhado no meio-fio”, finalizou Grossi.
O caso foi registrado na 7ª Delegacia de Polícia, como homicídio doloso e ocultação de cadáver. Somadas, as penas máximas chegam a 23 anos de reclusão.
Fonte G1