A Delegacia da Mulher de Canoas, comandada pela delegada Clarissa Demartini, concluiu inquérito sobre uma denúncia de tentativa de estupro praticada por um motorista de aplicativo na cidade.
Segundo a jovem, de 20 anos, ela se atirou do carro em movimento para evitar o estupro. A polícia, porém, concluiu que não houveram indícios de prática de crime sexual no caso e que a jovem não agiu de má fé fazendo a denúncia.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, a denunciante conta momentos de terror que viveu com um motorista de aplicativo.
O caso, segundo ela, aconteceu no bairro Niterói. De acordo com o registro da ocorrência, a jovem pediu, através do aplicativo da Uber, um carro para voltar do trabalho.
No percurso, o acusado teria entregue um pano para ela, alegando que, por causa do Covid, era para passar no celular. “Ele me falou que tinha um produto, que era um desengordurante para celular, óculos.
Perguntou se a minha tela ficava muito marcada na minha tela e pediu para que experimentasse no meu celular”, conta. No inquérito, porém, a perícia afirmou que não encontrou nenhum tipo de entorpecente.
Após entregar o material, o motorista teria pedido para que ela cheirasse o pano. A jovem relatou que sentiu tudo escurecer e foi para perto da porta, que rapidamente foi trancada pelo motorista.
Ela seguiu tentando até conseguir sair do carro. “Me atirei do carro em movimento. Ele pediu o pano de volta”, relata.
Segundo a polícia, a mulher relatou que o motorista a perseguiu pela rua. “Graças a Deus eu sobrevivi a tudo isso que aconteceu e eu tive coragem para ir lá e denunciar.
Mas outras pessoas vivem isso e não conseguem ir lá denunciar”, desabafa. O homem foi identificado pela Polícia Civil.
A UBER comentou o ocorrido na época através de uma nota
A Uber repudia qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e já está em contato com as autoridades para colaborar com a investigação, nos termos da lei. A empresa acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência. Este tipo de comportamento configura violação ao Código de Conduta da Comunidade Uber e a conta do motorista foi desativada da plataforma assim que a empresa tomou conhecimento do episódio.
Vale ressaltar que a Uber está sempre à disposição para colaborar com as autoridades e possui um portal exclusivo para solicitação de dados, que está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana para processar as demandas, permitindo que informações importantes sejam repassadas com segurança e rapidez, isso tudo respeitando as leis de privacidade exigidas no País, em especial o Marco Civil da Internet.
Segurança é uma prioridade para a Uber e inúmeras ferramentas atuam antes, durante e depois das viagens para torná-las mais tranquilas, como, por exemplo:
o compartilhamento de localização, gravação de áudio, detecção de linguagem imprópria no chat, botão de ligar para a polícia, entre outros.
Desde 2018, a empresa se comprometeu a participar ativamente do enfrentamento da violência contra a mulher e possui diversos projetos voltados para isso, que incluem campanhas contra o assédio, podcast educativo para motoristas parceiros sobre violência de gênero e, recentemente, em parceria com o MeToo, anunciamos um canal de suporte psicológico para apoiar vítimas de violência de gênero na plataforma.
Fonte Porto Alegre 24 horas