Morte de jovem de 21 anos em Campo Bom gera comoção nas redes sociais

Morte de jovem de 21 anos em Campo Bom gera comoção nas redes sociais

Uma menina sorridente e “cheia de luz, que onde passava contagiava”. Assim foi descrita Ludmila Vianna, a jovem de 21 anos assassinada na noite da última segunda-feira (27), por uma amiga nas redes sociais. A vítima foi morta durante um assalto na Avenida das Indústrias, no bairro Santa Lúcia, em Campo Bom.

A notícia foi recebida com comoção nas redes sociais e revoltou a comunidade. Outro amigo de Ludmilla definiu o caso como inacreditável e relembrou o último contato que teve com ela. “Nossas últimas mensagens foi quando ‘tu’ entrou na empresa. Eu deveria ter conversado mais. Eu deveria ter te chamado mais”, escreveu ele.

A jovem estava com a companheira, de 20 anos, quando foram abordadas por dois criminosos em um Gol Branco, de acordo com a Brigada Militar. Um deles desceu do veículo e anunciou o assalto. A suspeita é de que o assaltante queria levar os celulares e a moto da vítima, uma Yamaha 125 de cor vermelha. Ludmila teria sido baleada no momento em que iria entregar o telefone para o criminoso.

A moto levada era carinhosamente chamada de ‘vermelhinha’ por Ludmila e a namorada. Elas, além de dividirem o amor pelos passeios em duas rodas, como mostram as publicações nas redes sociais, também mantinham um negócio próprio no ramo da fotografia.

Segundo o delegado Clovis Nei da Silva, responsável pelo caso, inicialmente, o crime está sendo tratado como latrocínio. O titular da Delegacia de Polícia de Campo Bom não passou mais detalhes da investigação.

Manhã normal

O crime ocorreu no estacionamento ao ar livre, em frente à empresa GetNet, local onde Ludmila e a companheira trabalhavam. O espaço é aberto e não conta com segurança. A reportagem foi até o local na manhã desta terça-feira (28), por volta das 9h30, e a rotina de trabalho transcorria normalmente, com o fluxo de funcionários habitual.

A GetNet foi contatada pessoalmente por volta das 9h40. Um funcionário, que preferiu não se identificar, se disse representante da empresa e informou que, “no momento, não iremos nos declarar”.

Insegurança

Funcionários da empresa dizem que a insegurança é constante e que essa não é a primeira vez em que ocorre um assalto. Uma trabalhadora, que pediu para manter o nome em sigilo, conta que em novembro do ano passado teve o veículo furtado no estacionamento. “Eu saí do trabalho era 18h40, mais ou menos. Atravessei a rua em direção ao estacionamento, e quando cheguei no local onde deixei o carro, ele não estava mais”, relata ela, afirmando que fez boletim de ocorrência.

Outra funcionária, que também não quis se identificar, diz que trabalha no local há quatro anos e que a sensação é de impotência. “Sempre teve muitos assaltos à mão armada, roubo de carros, celulares e afins. Quando não tínhamos o estacionamento na frente da empresa, deixávamos o carro na lateral, junto com as motos, e sempre tivemos esse medo. Já ouvimos muitas vezes carros sendo roubados, os quatro pneus dos carros sendo retirados na nossa frente”, relata.

Jornal NH

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