A Polícia Civil vai investigar o caso do bebê que morreu após nascer dentro de um carro no estacionamento do Hospital Vila Nova, na Zona Sul de Porto Alegre. A apuração do fato, ocorrido entre o final da tarde e começo da noite dessa quinta-feira, será realizada pela 13ª DP, sob comando da delegada Vivian Calmeiéri do Nascimento. Um dos objetivos é apurar se houve alguma omissão de socorro.
Nesta sexta-feira, a delegada Vivian Calmeiéri do Nascimento adiantou, à reportagem do Correio do Povo, que serão ouvidos, por exemplo, os pais da criança e os funcionários do Hospital Vila Nova e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), além da busca por imagens de câmeras de monitoramento e aguardado dos laudos do Instituto-Geral de Perícias sobre a causa do óbito, entre outras diligências.
Conforme a ocorrência registrada, o pai do bebê relatou que foi negado o atendimento à esposa em trabalho de parto no hospital. Ele declarou que os funcionários justificaram que não tinham sala apropriada para o parto.
O pai então pediu que fosse acionado o Samu para prestar socorro à esposa, mas disse que isso não foi realizado. De acordo com a queixa policial, ele contou que teve de ligar para o Samu, onde uma atendente informou que não era feito o trabalho de transporte, mas apenas em casos de risco de morte.
Segundo o boletim de ocorrência, o pai afirmou que pediu a vinda de um veículo de transporte de passageiros por aplicativo, visando procurar ajuda em outro local. A mãe acabou tendo a criança no interior do carro no estacionamento da instituição hospitalar.
Diante disso, os funcionários foram chamados e levaram a mãe e o bebê para dentro do hospital. Logo após, o recém nascido teve o óbito confirmado. A Brigada Militar foi acionada.
Nota oficial
No início da tarde desta sexta-feira, o Hospital Vila Nova emitiu uma nota oficial de esclarecimento sobre o caso. “A Associação Hospitalar Vila Nova (AHVN) informa que a referida paciente, com aproximadamente 22 semanas de gestação, procurou atendimento obstétrico em nossa Emergência, na noite de 26 de maio, quando foi informada de que não havia a especialidade, mas que poderia ser atendida por um médico plantonista.
A mesma resolveu buscar atendimento especializado. No entanto, ela acabou realizando um parto expulsivo em frente ao hospital, sendo prontamente socorrida pelo médico plantonista. O bebê foi atendido de imediato pelos plantonistas pediatras, porém, diante da prematuridade extrema do bebê, o mesmo não resistiu. A mãe foi salva, recebendo os atendimentos médicos e psicológicos e, após ficar em observação e medicada, teve alta”, esclareceu a instituição no comunicado.
Fonte Correio do Povo