Apresentador Rodrigo Rodrigues tem morte encefálica por trombose no cérebro

Apresentador Rodrigo Rodrigues tem morte encefálica por trombose no cérebro

Morreu hoje (28), aos 45 anos, o jornalista, músico e escritor Rodrigo Rodrigues. Ele teve diagnóstico de Covid-19 e estava internado desde o último sábado no Hospital Unimed-Rio, no Rio de Janeiro.

Um dos principais apresentadores do SporTV e eventual substituto de Felipe Andreoli no “Globo Esporte”, da TV Globo, ele recebeu diagnóstico de Covid-19 na primeira quinzena de julho. Após sentir-se mal no último sábado (25), RR, como era chamado, teve complicações devido a uma cirurgia para controlar uma trombose venosa cerebral (TVC) e não resistiu. A confirmação da morte foi anunciada no programa SportTV News, da SporTV, na tarde de hoje.

Além do esporte, o jornalista também trabalhou na área cultural, em programas como “Vitrine”, da TV Cultura, “5 Discos”, da Gazeta, e “Cor de Rosa”, do SBT. Ainda lançou livros: “As Aventuras da Blitz”, sobre a trajetória do grupo musical comandado por Evandro Mesquita, e “London London”, um guia para conhecer Londres de metrô.

O apresentador de TV também se notabilizou na música. Ele era guitarrista da banda “The Soundtrackers”, que toca apenas trilhas sonoras do cinema, e chegou a se apresentar no quadro “Ding Dong”, do “Domingão do Faustão”. Ele também trabalhou como locutor e apresentador da Rádio Globo em São Paulo.

“Comecei desenhando, passei para o violão e aí, quando eu achava que ia ser professor de artes e tocar na noite, fiz um teste acidental e virei apresentador. E não parei mais, faz 25 anos isso”, disse, em março.

Em nota oficial, o hospital Unimed Rio confirmou a morte do apresentador. Leia abaixo na íntegra:

O Hospital Unimed-Rio informa, com pesar, que, após a realização de protocolo de avaliação na manhã desta terça-feira, foi atestada morte encefálica no paciente Rodrigo de Oliveira Rodrigues.

O paciente encontrava-se em estado grave e coma induzido, em unidade de terapia intensiva, desde o último domingo, 26/07, após ter sido submetido a procedimento para diminuição da pressão intracraniana em decorrência de uma trombose venosa cerebral. Rodrigo havia dado entrada na emergência da nossa unidade no sábado, 25/07, com quadro grave e diagnóstico prévio de Covid-19.

Toda a equipe do Hospital Unimed-Rio se solidariza com familiares, amigos e admiradores do trabalho de Rodrigo Rodrigues.

Paulo Henrique Ribeiro Bloise
Diretor Médico

Rodrigo deixa lembranças de seu bom humor e de uma carreira onde jornalismo e música sempre caminharam juntos, como contam seus companheiros do Esporte da Globo:

‘Em janeiro de 2019, o Esporte da Globo ficou mais divertido com a chegada de um apresentador bem-humorado, cheio de referências musicais e um olhar que fugia do senso comum.

Rodrigo Rodrigues apresentou diferentes programas do SporTV até se tornar titular do ‘Troca de Passes’. Apresentou também o ‘Globo Esporte’ de São Paulo em diversos sábados. Rodrigo começou a carreira em 1995, na Rede Vida. Trabalhava com o que mais gostava: música. Em 2001, cobriu o Rock in Rio. O jeito espontâneo arrancava as melhores respostas. Passou por TV Cultura, SBT e Bandeirantes e lançou o primeiro livro em 2008: “As Aventuras da Blitz”, que conta a história da banda de rock liderada por Evandro Mesquita.

Em 2011, o jornalista cultural decidiu se aventurar no esporte. Foi contratado pela ESPN e cativou os atletas da mesma forma que fazia com os músicos. Rodrigo sabia dar espaço para cada convidado brilhar. Cada um no seu momento. Como numa banda de rock, todo instrumentista tem direito ao solo. Nada mais natural para esse jornalista-roqueiro, líder da banda “The Soundtrackers”, que toca músicas de filmes e lançou três discos.

Durante uma apresentação da banda no ‘Domingão do Faustão’, Rodrigo respondeu assim à pergunta de Fausto sobre o começo de sua carreira: “Eu comecei desenhando, aí passei pro violão. E, aí, quando eu achava que ia ser professor de arte e tocar na noite, eu fiz um teste acidental e virei apresentador. Não parei mais, faz 25 anos… Mas eu nunca deixei de tocar, eu faço questão de manter a banda porque uma paixão alimenta a outra”.

Rodrigo Rodrigues tinha 45 anos. No dia 13 de julho, decidiu fazer teste para COVID-19 mesmo sem sintomas – dia 9 tinha sido seu último dia presencial no trabalho. Relatou que um amigo, com quem teve contato, tinha acabado de testar positivo. O resultado do teste de Rodrigo também deu positivo e ele foi imediatamente afastado. Nos dias posteriores, Rodrigo apresentou sintomas como falta de paladar e olfato, mas dizia se sentir bem.

No entanto, a situação mudou no último sábado. Segundo o boletim médico do hospital onde foi internado, Rodrigo deu entrada na emergência com quadro de dor de cabeça, vômito e desorientação. No dia seguinte, foi submetido a um procedimento para diminuição da pressão intracraniana em decorrência de uma trombose venosa cerebral. Ele não resistiu e teve a morte confirmada hoje’.

Desde o início da pandemia, a Globo tem nas medidas de prevenção da doença e no apoio incondicional aos profissionais contaminados com a COVID-19 as suas maiores prioridades.

Fonte UOL

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