Última partida no estádio foi marcada por briga de colorados
O Ministério Público e o Sport Club Internacional tem uma reunião marcada para o próximo dia 18 para tratar sobre questões de segurança dentro e no entorno do Beira-Rio. No último final de semana, após o jogo entre Inter e Atlético Mineiro, a Polícia Militar registrou briga entre torcedores, que também quebraram objetos na região do estádio colorado.
De acordo com a Promotoria de Justiça do Torcedor, as autoridades de segurança vêm atuando na parte criminal, mas ainda falta responsabilização por meio dos clubes. O promotor Rodrigo Brandalise destaca que o encontro já estava marcado, mas ganhou força após os eventos do último final de semana.
“É inadmissível que uma pessoa que esteja trabalhando seja agredida no seu trabalho ou qualquer torcedor comum que esteja lá participando de um jogo corra risco”, diz o promotor. No último jogo, a jornalista da Rádio Guaíba, Laura Gross, foi agredida em meio a briga. Os vidros do carro da emissora também foram quebrados.
Para Brandalise, o envolvimento de torcidas organizadas – identificado pela Polícia nos últimos confrontos – deve ser estudado: “Queremos também identificar a eventual responsabilidade de torcidas organizadas envolvidas. O Estatuto do Torcedor mudou recentemente, ampliando as possibilidades punição às torcidas organizadas”.
Após os confrontos, o Internacional suspendeu a torcida organizada Guarda Popular por tempo indeterminado. Em nota, o clube ressaltou que está trabalhando em conjunto com os órgãos de Segurança Pública e lamentou o ocorrido.
O Promotor Rodrigo Brandalise explica ainda que a conduta do Grêmio já foi apurada: “O Grêmio já veio adotando medidas pautadas por conta de acordos feitos com o Ministério Público. Esses mesmos acordos o Inter ainda não fez”.
Tanto as confusões registradas no último final de semana, quanto na final da Copa do Brasil e os casos de assédio a jornalistas mulheres devem ser pauta do encontro. A reunião foi marcada em novembro quando outra conversa já havia sido feita entre o Ministério Público e o Internacional.
Duas pessoas foram presas e quatro ficaram feridas na última partida. (Gabriela Plentz | Band)