Ministério da saúde decide exonerar diretor após denúncia de propina

Ministério da saúde decide exonerar diretor após denúncia de propina

O Ministério da Saúde (MS) exonerou o diretor de logística Roberto Dias após denúncias de corrupção. Segundo a pasta, a decisão será publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 30.

Dias foi citado em uma matéria do jornal “Folha de S. Paulo” que aponta suposto esquema de corrupção na compra de vacinas contra a Covid19.

Segundo a reportagem, Dias teria uma propina de US $ 1 para cada dose do imunizante a fim de que fosse fechado um contrato com o Ministério da Saúde.

Em nota, a pasta afirma que a decisão sobre a exoneração foi tomada na manhã desta terça-feira, 29. O agora ex-diretor de logística foi nomeado no início da gestão do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), durante o comando de Luiz Henrique Mandetta na massa. Em nota enviada à imprensa, o deputado Ricardo Barros,

A denúncia partiu de Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresentou como representante da Davati Medical Supply e disse que pedido de propina no Brasília Shopping no fim de fevereiro.

A empresa teria procurado o Ministério da Saúde para negociar 400 milhões de doses de aplicação pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.

Segundo a matéria, uma negociação não avançaria se a empresa não atuasse com “o grupo” dentro da pasta. Ainda segundo o representante, outras duas pessoas, um aperfeiçoador e um militar, estavam na reunião em que teria ocorrido o pedido de propina.

Mais cedo, o Ministério da Saúde suspendeu temporariamente o contrato da vacina Covaxin. A decisão foi tomada após recomendação da Controladoria Geral da União (CGU).

Em nota, uma pasta afirmou que a análise preliminar da CGU não encontrou irregularidades no contrato. No entanto, o órgão óptico por fazer uma análise mais aprofundada.

“A medida não compromete o ritmo da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil, já que não há aprovação da Anvisa para uso emergencial nem definitivo do imunizante”, disse o Ministério da Saúde, em nota.

A suspensão do contrato da Covaxin ocorre após o depoimento do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, Luis Ricardo Miranda, servidor da massa, na CPI da Covid-19.

Os dois apontaram supostas irregularidades na compra da vacina e disseram ter avisado o presidente Jair Bolsonaro.

(Jovem Pan)

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