Mês de janeiro tem recorde de casos de covid em Porto Alegre, mas vacinação segura agravamentos

Mês de janeiro tem recorde de casos de covid em Porto Alegre, mas vacinação segura agravamentos

Porto Alegre registrou, em janeiro, o maior número de casos de covid-19 observados desde o início da pandemia do novo coronavírus. Na terceira semana epidemiológica do mês, foram 13.109 casos da nova variante Ômicron na Capital. O número supera o pico anterior, em março de 2021, com a chegada da variante Gama, quando o registro foi de 9.537 casos.

A transmissão comunitária da Ômicron na cidade foi declarada em 23 de dezembro, coincidindo com a reversão na tendência de queda e o posterior aumento exponencial do número de casos observados a partir da última semana de dezembro. Conforme o boletim epidemiológico publicado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o aumento no número de casos confirmou a alta transmissibilidade dessa variante, já observada em outros países.

Esse aumento repercutiu diretamente na busca por atendimento nas unidades de saúde. Em janeiro, elas registraram 38.207 atendimentos de síndrome gripal e 5.659 de doenças respiratórias, totalizando 43.866, maior número desde o início da pandemia. Para se ter uma ideia, em março do ano passado foram 20.594 atendimentos por síndrome gripal e 3.637 de doenças respiratórias, total de 24.231 registros nas duas áreas.

“Observamos aumento na procura por testagem e atendimento de saúde no início de janeiro, com um pico de atendimentos de pacientes respiratórios no dia 24, e tivemos uma taxa de positividade de 48,8% no dia 26”, comenta a diretora de Atenção Primária da SMS, Caroline Schirmer. “Consideramos a semana do dia 24 ao dia 28 o nosso pico de atendimentos da variante Ômicron, com média diária de 2.360 casos positivos. A partir daí, passamos a verificar uma desaceleração na procura por testagem”, diz.

De acordo com João Marcelo Fonseca, médico da Assessoria de Planejamento da SMS, a magnitude do aumento de casos não se deu na mesma grandeza para atendimentos nos pronto-atendimentos, internações hospitalares de enfermaria e UTIs. “Essa diferença de acometimento deve ter se dado predominantemente pelo efeito da cobertura vacinal da população de Porto Alegre e de municípios para os quais a cidade é referência”, afirma ele.

Apesar do pico registrado em janeiro, o Boletim Epidemiológico Covid-19 nº 07/2022, divulgado quarta-feira, 16, já aponta redução na procura por atendimento em unidades de saúde durante o mês de fevereiro. “Sabemos que os números continuam altos, mas estamos próximos a patamares pós-Ano-Novo, com média de mil atendimentos diários de sintomáticos respiratórios nas 132 unidades da Atenção Primária”, informa Caroline. “Acreditamos que a curva continue caindo pelas próximas semanas. Ainda assim, a situação preocupa. Por isso, pedimos que as pessoas não relaxem nas medidas de prevenção, como uso de máscaras e álcool em gel, e completem o esquema vacinal”, destaca.

Fonte Do Sul21

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